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Corretora de Valores e Banco. Você sabe a diferença?

em Mercado
quinta-feira, 27 de maio de 2021

Ale Boiani (*)

É comum as pessoas se questionarem sobre a diferença entre uma Corretora de Valores e um Banco. No Brasil existem tanto corretoras de valores que conseguiram autorização para atuar como bancos, como também temos bancos que possuem em sua estrutura corretoras de valores. Mas o que faz uma corretora de valores?

As corretoras fazem o intermédio do investidor com o mercado financeiro, disponibilizando investimentos dentro e fora da bolsa de valores, títulos públicos, bancários, fundos, entre outros, e, por isso, tem sido cada vez mais comum que os bancos possuam corretoras de valores, oferecendo ao cliente a tranquilidade de ter uma equipe de especialistas em investimentos, mas sem perder as comodidades que o banco oferece. Por isso, é possível que um banco tenha essas diferentes linhas de negócio.

As contas na corretora de valores não tem mensalidades, e quando se atua em uma corretora vinculada a algum banco é possível ter também uma conta corrente sem custos, por exemplo. Para os bancos que optam por implementar em sua estrutura uma corretora de valores, o movimento tem sido cada vez mais comum com o crescimento do mercado das assessorias de investimento nos últimos anos, o que fez com que alguns bancos tomassem a decisão de fazer um movimento focado nas assessorias de investimentos independentes.

O Itaú, por exemplo, quando comprou parte da XP, já estava de olho nestes clientes que gostam do trabalho do assessor de investimentos (que não é ligado às metas de produto do banco – comum na rotina – e ainda trabalha de maneira autônoma), podendo ofertar diferentes tipos de investimento para o cliente, mas sem estar ligados à instituição.

Também podemos citar o Bradesco, com a Ágora, sua corretora de valores própria, que também trabalha com um perfil de cliente diferenciado, mantendo os serviços do banco e uma equipe de assessores que são funcionários da instituição, assim como no Itaú. Um dos players mais recentes desse mercado em potencial é o Safra, que deu um passo a mais ao unir a tradição de uma instituição de mais de 175 anos com o mercado de assessoria de investimentos, com a linha de negócio Safra Invest.

O Banco passou a cadastrar e credenciar escritórios autônomos de investimentos, autorizados a trabalhar com sua marca, porém fora de suas agências bancárias.

O trabalho desses assessores de investimentos é focado nas carteiras de investimento dos clientes, mas que pode disponibilizar a eles a comodidades de obter produtos bancários como cartão de crédito, conta corrente, empréstimos e financiamentos.

Vale esclarecer que o assessor de investimentos não é funcionário do Banco, o que transparece e anula o desconforto de o cliente, de repente, ter que abrir mão de um profissional que confia no trabalho desenvolvido sobre os seus investimentos, e que possui uma relação de parceria, apenas porque ele mudou de instituição, ou foi promovido para outra área correlacionada.

O assessor é dono do próprio negócio e é remunerado pelos próprios ativos do cliente. Explica-se: quando alguém investe em um fundo, parte da taxa de administração que ele pagaria mesmo sem ninguém o atender vai para o assessor de investimentos que cuida e administra a sua conta.

Além disso, o que brilha os olhos das pessoas e tem tornado a função de assessor de investimentos cada vez mais promissora é o fato de que cada assessor tem uma quantidade limitada de clientes para atender, justamente para tornar e corresponder a um atendimento personalizado. E isso consequentemente ajuda os clientes a atingirem seus objetivos financeiros de acordo com o seu perfil de investimentos.

(*) – É CEO, gestora e fundadora do grupo financeiro 360iGroup (https://360igroup.com.br/).