A paralisação da economia causada pela pandemia afetou os jovens, que se veem perdidos na tentativa de encontrar a primeira oportunidade profissional em meio a um cenário sem perspectivas de crescimento no curto prazo. Mesmo com um índice de desemprego de 13% para a média da população economicamente ativa, a faixa etária de 14 a 24 anos já atinge níveis de 30% de desocupação, como mostraram os dados da Pnad, divulgados pelo IBGE no fim de 2020.
A falta de oportunidades tem mudado o comportamento dos mais jovens, que estão procurando no serviço público uma saída para um mercado de trabalho que não consegue absorver aqueles que, em muitos casos, têm pouca ou nenhuma experiência profissional. Eles já representam a maioria dos candidatos a uma vaga no serviço público no país, segundo levantamento de buscas feito pelo Google.
A faixa etária entre 18 e 24 representa 27% desses estudantes; e aqueles com 25 a 34 anos somam 37%. A própria Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) também tem sentido essa tendência, registrando em seu último estudo um aumento de 40% nos últimos 5 anos de pessoas que declararam estudar para concursos públicos.
“Os mais jovens sentem medo em chegar aos 30 anos sem uma experiência profissional significativa. A vaga em um cargo público é uma oportunidade para conseguir uma carreira com estabilidade, qualidade e boa remuneração. Começar a trabalhar já conseguindo esses benefícios faz toda a diferença no início da carreira”, explica Filipe Ávila, coordenador de carreiras do AlfaCon Concursos.
Para não sofrerem com o que os economistas chamam de ‘efeito cicatriz’ – quando severas crises econômicas afetam negativamente o progresso na carreira dos mais jovens -, o momento pode ser oportuno para repensar o plano de carreira. Como muitas pessoas cresceram com a ideia de que terminando o Ensino Médio, o próximo passo seria entrar no Ensino Superior para atuar numa área especializada da iniciativa privada, o primeiro passo seria desconstruir esse raciocínio.
Ávila explica que ter uma única opção de carreira pode gerar frustrações no futuro, caso ela não se realize. Por isso, é importante considerar outras áreas. “O serviço militar, por exemplo, é historicamente conhecido por ser um lugar onde muitas pessoas ascendem social e economicamente. Além disso, o investimento nas Forças Amadas tem sido recorrente no atual governo, sendo uma chance para quem quer ingressar em um primeiro emprego”, diz.
Ele cita o recém-divulgado edital do concurso da Escola de Sargentos de Armas do Exército, que está oferecendo 1.100 vagas de nível médio para homens e mulheres de todo o país. Para quem gostaria de planejar sua entrada na administração pública, o coordenador explica que alguns passos são essenciais antes mesmo de começar os estudos. A primeira coisa que o estudante deve saber é qual a carreira que ele pretende seguir, e se dedicar a passar em concursos relacionados a ela.
“Tendo em mente a área escolhida, fica mais fácil analisar quais conteúdos são os mais requisitados nos exames. Isso otimiza o tempo de estudo do aluno”, explica. Segundo ele, é prejudicial para o aluno destinar seu tempo estudando para duas áreas diferentes, como policial e administrativa, por exemplo. Tribunais de Contas de cidades e estados, assembleias legislativas, tribunais de justiça e setores administrativos costumam ser áreas onde surgem muitos concursos para recém-formados do Ensino Básico.
Pela internet é possível encontrar uma variedade de cursos preparatórios gratuitos para a carreira pública, como o próprio AlfaCon Concursos. Após definir o objetivo e iniciar de fato os estudos, o coordenador aconselha dedicar a maior parte do tempo em aprender os conteúdos que são igualmente cobrados em exames de uma mesma área. “Independentemente dos anos em que são realizados, os exames cobram os mesmos assuntos com certa frequência”, afirma.
Para isso, o candidato pode analisar os editais de concursos antigos e conhecer quais temas ele deve dedicar maior esforço. Fonte e mais informações: (www.alfaconcursos.com.br).