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As tendências de crescimento dos Mercados de Vizinhança

em Mercado
terça-feira, 02 de março de 2021

Os estabelecimentos de bairro têm atraído os consumidores por conta dos novos hábitos. Pandemia também impactou a maior movimentação nesses locais
Desde o final de 2019, o varejo vem sentindo uma mudança significativa nas preferências do consumidor. Entre as alterações e novos hábitos, tem crescido a procura pelos mercados de vizinhança. E a pandemia reforçou esse comportamento.
A Allis, uma empresa de Field Marketing, tem notado um crescimento de cerca de 20% na busca pelos locais que ficam perto de casa, chamados de mercados de bairro.

Fatores como localização e facilidade de chegar, já que este tipo de estabelecimento costuma estar próximo da residência, compras de itens pontuais e agilidade, têm levado os consumidores a procurarem por esse tipo de estabelecimento. Com a pandemia, o movimento continuou e a procura por essas lojas foi reforçada pelo pensamento de ajudar aos empreendedores e varejistas menores, contribuir com o comércio local, além da chance de encontrar lojas mais vazias, com menor aglomeração.

“Já estávamos sentindo uma movimentação dos consumidores para os mercados de vizinhança, desde 2019. E no ano passado aumentou, também por conta da pandemia. O movimento está sendo impactado pela mudança no jeito de comprar, afinal, o consumidor procura mais agilidade e praticidade. E, claro, pela Covid-19, já que as pessoas optaram por lojas mais vazias para fazer suas compras e passaram a ficar mais tempo em casa, consumindo do comércio do próprio bairro”, diz André Romero, diretor da Allis, e especialista em construção de marca no ponto de venda.

Dados da Nielsen sobre os novos hábitos dos consumidores mostram que há uma tendência no crescimento desses estabelecimentos, em 2021. Em pesquisa realizada no ano passado, 33,4% dos entrevistados afirmam que vão manter a redução de visitas aos estabelecimentos comerciais, como supermercados. Um em cada quatro consumidor revela a intenção de seguir privilegiando as compras nas lojas perto de casa. Além disso, 16,9% afirmam que vão manter a despensa abastecida.

Com um cenário ainda incerto quanto à retomada total das atividades nas cidades, atreladas às dúvidas e o processo da vacinação, muitos consumidores ainda serão cuidadosos sobre voltar a frequentar locais como bares e restaurantes (17,1% dizem que passarão a ir menos nesses ambientes), assim, a alternativa é abastecer a casa, pois pelo visto, o isolamento social ainda deve se prolongar por mais um tempo pelos municípios brasileiros.

O fato pode ser positivo para varejistas menores, que não pertencem às grandes redes, e são conhecidos como mercados de vizinhança ou lojas de bairro, que podem aproveitar o momento para crescer e aumentar a vendas. Dados da GFK Brasil revelam que 37,9% dos donos de pequenos estabelecimentos disseram ter feito mudança no mix de produtos nas lojas em 2020. E 11,5% aumentaram a oferta de produtos ligados à pandemia.

E, como os hábitos de higiene e limpeza devem ser mantidos e ações como limpar a casa mais vezes deve ser continuado por 25,7% dos entrevistados pela Nielsen, é a oportunidade para os mercados de bairro tentarem uma retomada nos resultados. – Fonte e mais informações (https://allis.com.br/).