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As mudanças no mercado como principal desafio externo

em Mercado
sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Com 32% das respostas, as mudanças na demanda, nas preferências e no comportamento de clientes e consumidores são o principal desafio externo que as empresas brasileiras enfrentarão nos próximos três anos.

O estudo da EY entrevistou no total 1.379 executivos do C-Level de dez países latino-americanos entre fevereiro e março deste ano. A amostra brasileira é composta por 177 profissionais. A resposta “riscos específicos do setor” também foi bastante escolhida, tendo recebido essa mesma porcentagem de 32% da preferência.

“A necessidade de agilidade na resposta por parte das empresas fica evidente. Perceber as mudanças de mercado exige olhar criterioso, assim como para os riscos que incidem sobre o negócio. Isso porque o contexto, cada vez mais influenciado pela tecnologia, está em constante transformação”, diz Victor Guelman, sócio-líder de market e business development da EY Brasil.

“O cenário econômico local também foi bastante mencionado pelos entrevistados, com 31% das respostas, o que igualmente indica a necessidade de estar atento aos índices econômicos e de fazer eventuais correções de rota”, completa. Os respondentes ainda apontaram a “entrada de novos concorrentes e substitutos, tanto globais como locais” e “reformas tributárias” como principais desafios externos, nos próximos três anos, para suas empresas com 29% e 28% respectivamente.

A regulamentação da reforma tributária sobre o consumo está em andamento no Congresso Nacional. Já a reforma sobre a renda se encontra em estudo pelo governo, podendo ser aprovada aos poucos, de forma fatiada, a partir do próximo ano. Essas duas reformas devem alterar profundamente o regime tributário do país, com desdobramentos relevantes para os negócios, que precisam desde já calcular os impactos dessas mudanças por meio da modelagem tributária.

. Aumento da produtividade – O estudo também perguntou aos executivos sobre os principais desafios internos que suas empresas vão enfrentar nos próximos três anos. A resposta mais escolhida – por 35% dos respondentes – foi a necessidade de “melhorias operacionais, produtividade e custos”, seguida de “crescimento da participação de mercado”, com 29%.

Na sequência, com 21%, três respostas ficaram empatadas: “estratégia e transformação de negócios”; “novos produtos e serviços”; e “tecnologia e transformação digital”. “Basicamente, três fatores principais entram em melhorias operacionais, produtividade e custos.

São eles: otimização, eficiência e padronização de processos, com 52% das respostas; aumento da produtividade, da eficiência e da eficácia da força de trabalho, com 45%; e redução e controle de custos, otimização do uso de recursos e gerenciamento de fornecedores, com 35%”, explica Guelman.

Isso demonstra, ainda segundo o executivo, que as organizações estão buscando “fazer mais com menos”, aproveitando ao máximo seus recursos para oferecer seus produtos e serviços ao mercado, o que se reflete ou deveria se refletir no aumento da produtividade. Por fim, o estudo traz a relevância de as empresas contarem com colaboradores engajados e imbuídos nesse propósito de elevar a produtividade do seu trabalho.

A resposta “ter os talentos e as habilidades certas” esteve entre as mais citadas nos desafios “crescimento da participação de mercado” e “estratégia e transformação de negócios”, o que evidencia o reconhecimento por parte dos executivos de que não há como prosperar sem o engajamento da força de trabalho. – Fonte: Agência EY e-mail [email protected].