O mercado segurador brasileiro vem passando por uma transformação significativa, impulsionada pelos avanços tecnológicos e pela crescente demanda por serviços personalizados. Neste contexto, a IA vem ganhando destaque por auxiliar as empresas de seguros a realizarem análises e gestão de riscos de forma mais ágil, além de permitir o desenvolvimento de ofertas mais competitivas e diferenciadas.
Para se ter uma ideia da importância dessa ferramenta para o setor, segundo uma pesquisa recente do ISG, cerca de 61,5% das companhias pretendem investir na criação de experiências digitais para os clientes, refletindo uma inclinação para modernização do setor.
Somado a isso, de acordo com o Global Tech Report da KPMG, a maioria (64%) dos executivos brasileiros no setor de seguros pretendem direcionar esforços e investimentos em tecnologia para aprimorar a experiência do consumidor. Isso inclui a automação de processos, análise de dados em tempo real e a implementação de assistentes virtuais para melhorar o atendimento.
Para Bernardo Ribeiro, co-fundador da Azos, insurtech que oferece soluções para o seguro de vida, “A inteligência artificial vai transformar a forma de trabalhar, em que as pessoas que souberem utilizar essa ferramenta vai ser mais assertivo e produtivo em todas as profissões. Mas isso não significa que vai substituir o papel humano. Na verdade, acredito no contrário disso. A inteligência artificial vai substituir muito mais a parte técnica das pessoas do que a parte humana, o relacionamento e como as pessoas interagem. Competência essa que acredito que vai ser cada vez mais valorizada.”, comenta.
Diferentemente de uma década atrás, quando a subscrição de seguros era um processo demorado e manual. Hoje, as principais empresas do setor estão investindo em robotização e automação, além de utilizar análise de big data e blockchain para garantir mais eficiência operacional e segurança. A Azos, por exemplo, utiliza o Fred, IA própria que usa algoritmos para analisar milhares de dados externos e internos, incluindo informações da Receita Federal para determinar se o perfil do cliente é adequado para contratar um seguro.
A mudança no setor é expressiva. Para se ter uma ideia, o mercado segurador vem passando por uma mudança expressiva desde 2021, quando houve um pico nos investimentos em tecnologia, que, de acordo com dados divulgados pela Distrito, foram injetados mais de 305 milhões de dólares.
De acordo com a CNseg, o mercado segurador brasileiro terá uma participação de 10% no PIB até 2030, impulsionado pelos investimentos crescentes em tecnologia, que podem alcançar US$ 362 bilhões até 2025. Esses investimentos são essenciais para manter o setor competitivo e alinhado às expectativas dos consumidores.
“O uso da inteligência artificial consegue tornar todo o processo menos burocrático e mais rápido. Os investimentos permitiram que as empresas de seguros desenvolvessem produtos mais personalizados, além de analisar uma quantidade de dados em pouquíssimo tempo. Não acredito que a IA irá tomar o papel do corretor, mas ajudará cada vez mais os profissionais a antecipar as necessidades dos clientes e oferecer soluções que realmente fazem a diferença.”, conclui. – Fonte e outras informações: (https://www.azos.com.br).