Geison Correa (*)
O ano de 2019 ficou marcado pela “guerra das maquininhas”, na qual bancos e fintechs disputaram a atenção dos donos de bares e restaurantes por espaços e pontos de vendas, um movimento positivo de concorrência que originou uma redução de custos a lojistas e maiores possibilidades de negociações e flexibilização de benefícios.
Na atualidade, 2020 trouxe ao centro uma nova disputa, agora com o “QRcode” como o foco. Por mais que o código seja uma tecnologia um pouco “antiga” e já conhecida, muitos donos de estabelecimentos tinham receio de utilizá-la e os clientes não se adaptarem. Com a necessidade do distanciamento social, a opção ganhou força e gadgets de segurança, para garantir que os consumidores não tenham problemas com sua utilização.
Entendendo esse potencial, o Banco Central lançou, recentemente, a nova modalidade de pagamentos instantâneos PIX, que promete revolucionar o modo como os consumidores transacionam valores, seja pagamentos ou transferências.
Mas, atuando no food service há anos, entendo que a utilização massiva do QRCode trará quatro principais vantagens para os donos de estabelecimento e também para os consumidores, a começar pela praticidade, bastando apenas contar com celular para a realização de pagamentos, sem a necessidade de andar com dinheiro ou cartões de crédito, e por exemplo.
Além disso, o sistema QR Code conta com um sistema de criptografia que impossibilita que dados sejam roubados, conferindo maior segurança a operações realizadas. Outro benefício é a agilidade no atendimento, possibilitando a realização de mais vendas em menos tempo, garantindo maior rotatividades de mesas. E, por fim, os pagamentos realizados a partir desta modalidade não tem taxas e nem mensalidade, sendo uma ótima solução para quem visa cortar custos.
O mundo mudou e está, claramente, mais tecnológico. Quando as vantagens acompanham esse avanço digital, o caminho é um só: sempre em frente. O consumidor e os donos de bares e restaurantes estão em um momento de entenderem a nova opção, mas, uma vez absorvida, o seu uso só tem a evoluir e fazer o número de vantagens aumentar.
Ganham os clientes, os empreendedores e, claro, a economia. Ponto para o Banco Central!
(*) – É CEO e co-fundador da GrandChef, uma foodtech especializada na gestão de restaurantes, bares e similares, responsável pelo desenvolvimento de softwares homônimos em versões desktop e em nuvem.