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A importância do financeiro nos Centros de Serviços Compartilhados

em Mercado
quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Um recente estudo realizado pelo Instituto de Engenharia e Gestão (IEG) identificou uma tendência crescente e altamente benéfica nas empresas: a centralização de atividades financeiras em Centros de Serviços Compartilhados (CSCs). A pesquisa destacou a área financeira, com uma ênfase especial no processo de contas a pagar, presente em cerca de 90% dos casos, como uma das primeiras a serem incorporadas nesses centros. Mas o que torna essa tendência tão significativa e quais são os benefícios que as empresas podem esperar?

De acordo com Cátia Pereira, conselheira da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC), essa tendência é impulsionada pelo próprio CFO, muitas vezes o grande defensor do modelo de gestão em CSCs. A migração de processos financeiros é vista como uma alavanca para o crescimento da empresa, devido à sua capacidade de otimizar recursos, fortalecer a conformidade e governança, além de fornecer insights valiosos sobre eficiência em uma visão integrada.

O processo de contas a pagar destaca-se como um dos mais comuns nos CSCs, e com razão. Segundo a pesquisa “Centro de Serviços Compartilhados S-Latam 2023”, que analisou mais de 70 empresas de 16 setores diferentes em cinco países latino-americanos, a função financeira é a principal operação presente nos CSCs participantes (80%), seguida pela contabilidade geral (72%) e contas a receber (67%).

Isso se deve à alta volumetria de transações, aliada à capacidade de padronização e automação proporcionada pela evolução tecnológica, tornando-a especialmente adequada para centralização. Ao centralizar as operações financeiras, as empresas podem esperar ganhos significativos em produtividade e redução de custos. Além disso, a especialização da equipe, a mitigação de riscos e a escalabilidade promovem suporte ao crescimento orgânico e inorgânico das empresas.

Cátia compartilha um caso de sucesso que ilustra a eficácia dessa abordagem. Em sua experiência anterior, a criação de um CSC resultou em uma redução de aproximadamente 30% nos custos de mão de obra, impulsionada pela padronização de processos, otimização de recursos e produtividade, entre outros fatores. Ela enfatiza a importância de um mapeamento detalhado, planejamento cuidadoso e comunicação transparente para garantir uma transição bem-sucedida, dada a criticidade dos processos financeiros.

Além da redução de custos, a integração financeira em um CSC promove a colaboração entre diferentes setores da organização, otimizando várias áreas e melhorando a experiência do cliente. Avaliar a satisfação e a eficiência no atendimento agrega valor ao modelo de gestão em CSC. Em resumo, a tecnologia e a automação desempenham um papel crucial na execução das operações financeiras em CSCs. A padronização, redução de custos e otimização de recursos são impulsionadas pela evolução tecnológica.

Marcelo Pardi, Diretor Presidente da ABSC e Diretor de Centro de Serviços Compartilhados da Cogna, ressalta que a integração financeira não é apenas um ganho isolado, mas uma alavanca de crescimento e eficiência para as empresas. “Ao adotar essa abordagem, as organizações estão posicionando-se para alcançar ganhos tangíveis e sustentáveis em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e dinâmico”, finaliza.

Fonte e mais informações: (https://www.abscweb.com).