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A digitalização chegou ao setor fotovoltaico

em Mercado
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Albert Garcia (*)

Não se discute mais que estamos vivendo a era da digitalização.

Setor a setor, indústria a indústria e em todos os âmbitos das nossas vidas, os atuais processos de digitalização são responsáveis não apenas por verdadeiras revoluções industriais e importantes transformações comportamentais, mas também pela criação de novos modelos de negócios e de formas inovadoras de canais de vendas e de operações nas organizações.

Com o setor de energia solar não é diferente. Desde a produção da primeira célula fotovoltaica, ainda no final do século 19, até a popularização do seu uso no começo do século 21, os sistemas de energia solar fotovoltaica evoluíram muito.

No entanto, nos últimos anos, com a incorporação de novas tecnologias e o desenvolvimento de ferramentas e plataformas digitais específicas para a indústria de energias renováveis em geral, e de energia solar em específico, o setor fotovoltaico deu um salto gigantesco em termos de evolução, escalabilidade e acessibilidade.

Essa digitalização do setor fotovoltaico é parte importante do que hoje se popularizou como “transição energética”, ou seja, o conjunto de mudanças estruturais, graduais, a fim de reduzir o uso de matrizes energéticas de combustíveis fósseis em favorecimento do uso de energias renováveis. Os softwares e as ferramentas digitais em geral estão se tornando fortes aliados na transição energética das empresas – e dos domicílios também.

No caso da energia solar, os novos modelos de geração e distribuição, que estão revolucionando o setor, apenas são possíveis devido à digitalização da indústria como um todo. Desde medidores eletrônicos, que habilitam as redes inteligentes e permitem uma gestão mais eficiente do sistema, até ferramentas de marketing digital e de automação de geração de propostas, a cadeia produtiva do mercado de energia solar conta com cada vez mais recursos digitais.

Segundo um estudo da Greener, mais de 90 das 100 empresas que mais venderam sistemas fotovoltaicos no Brasil no primeiro semestre de 2022 utilizam ferramentas digitais especializadas de geração de propostas, e 87 usam ferramentas de automação de marketing.

As ferramentas digitais de dimensionamento, CRM, gestão financeira, acompanhamento de instalação, compra de equipamentos, monitoramento de sistema, e muitas outras surgem a cada dia, o que traz mais oportunidades para a entrada de agentes integradores nesse mercado.

Dentre as inovações para esse setor, há plataformas que atuam em toda a cadeia de suprimentos, instalação e gestão de sistemas fotovoltaicos e que podem ser contratadas pelos integradores de forma modular ou como uma solução integral.

Para se ter uma ideia da dimensão desse tipo de serviço, a Ezzing Solar, empresa pioneira de SaaS especializada no setor de energia solar e provedora de plataforma desse tipo no Brasil, já entregou mais de 6 mil propostas através de seus parceiros, desde que chegou ao país, há pouco menos de dois anos.

Em franca expansão, o processo de digitalização da cadeia produtiva de energia solar tem muito o que evoluir. Ainda segundo o estudo da Greener, muitas empresas utilizam ferramentas digitais não específicas, como por exemplo no caso das ferramentas de dimensionamento de sistemas: mais de 90% das empresas usam ferramentas digitais de dimensionamento, mas apenas 33% utilizam ferramentas desenvolvidas especificamente para esse fim.

Em uma rede cada vez mais flexível e descentralizada, onde há um número crescente de pequenos produtores capazes de produzir a sua própria energia e ainda fornecer eletricidade à rede, a digitalização e, em especial, plataformas como a EzzingSolar, terão um papel cada vez mais importante no processo de desenvolvimento e adaptação desses novos modelos de geração e distribuição de energia no País.

(*) – É Country Manager no Brasil da Ezzing Solar (https://ezzing.com).