Presidente da Venezuela foi reeleito em meio a polêmica. |
A reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi marcada por polêmicas e principalmente pela falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional. Os Estados Unidos, Canadá, União Europeia (UE) e o Grupo de Lima, que inclui diversos países das Américas, como o Brasil, acusaram Maduro de sufocar a democracia, além de afirmarem que a eleição não foi justa e transparente. “A farsa das eleições não muda nada. Precisamos que o povo venezuelano controle este país…uma nação com muito a oferecer ao mundo”, escreveu no Twitter o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
O não reconhecimento da votação por parte do governo de Donald Trump foi antecipado há um mês. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu durante a abertura da reunião do G20, grupo de países emergentes, que seja feita uma reflexão sobre a votação da Venezuela, enquanto que o presidente chileno, Sebastian Piñera, manifestou que o “Chile, como a maioria dos países democráticos, não reconhece estas eleições”. O Panamá foi um dos primeiros países a não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas.
Já a China pediu para que todos respeitem a decisão do povo venezuelano. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, o governo chinês mantém uma política de não-intervenção nos assuntos internos de outros países. “A China abordará os assuntos relevantes de acordo com a prática diplomática”, acrescentou o porta-voz, ressaltando que está convencido de que o governo e cidadãos da Venezuela serão capazes de resolver os seus problemas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, citado pela agência “Tass”, por sua vez, informou ontem (21) que o pleito é “válido”, mesmo “outros países, inclusive os Estados Unidos tendo interferido no processo eleitoral”. Maduro foi eleito em uma votação com menos de 50% de participação com cerca de 68% dos votos (5,8 milhões). A validade do pleito, que estava previsto para o fim deste ano, mas foi antecipada repentinamente para maio, foi contestada (ANSA).