Presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. |
O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, disse ontem (15) que a terceirização de atividades empresariais não representa precarização do emprego, mas a possibilidade de ampliar a oferta de vagas no mercado de trabalho. Ele defendeu também a contratação part-time (tempo parcial) de trabalhadores, formato que possibilitaria a contratação de mão-de-obra por um número de horas diárias menor, conforme negociação com o trabalhador.
As declarações foram dadas após encontro dele com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no Palácio do Planalto. “Para nós, a terceirização, no curto prazo, ajuda muito no processo de geração de emprego. Não é de precarização do emprego, porque precarização é falta de emprego. Temos de buscar formas de facilitar a geração de emprego e renda”, disse ele após o encontro.
Na reunião com Padilha, Afif apresentou, em nome de pequenas e médias empresas, avaliações sobre o andamento da lei de terceirização que, segundo ele, teve tramitação muito tumultuada nos últimos tempos. “Existem dois projetos atualmente em tramitação no Congresso. Teremos de optar por um”, disse, na expectativa de chegar a um denominador comum com o governo federal.
Entre os pontos defendidos pelo Sebrae está a desregulamentação do processo de trabalho que, segundo a entidade, apresenta muitas regulamentações e travas. “Qualquer coisa na área trabalhista é imensamente trabalhosa e com obrigações acessórias insuportáveis, principalmente para o pequeno. Uma grande empresa tem um departamento de recursos humanos. Pequena empresa não. Quem cuida é o contador. Portanto, tem grande dificuldade de lidar com essa burocracia”, acrescentou (ABr).