Além de quitar dívidas, sobrou também para consumir. |
Rio – O saque de contas inativas do FGTS ajudou a aumentar a intenção de compras do brasileiro em julho, segundo Juliana Serapio, assistente econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve uma leve alta de 0,2% em julho ante junho, para 77,3 pontos. Em relação a julho do ano passado, houve um aumento de 12,5%. “Houve um aumento na intenção de compras de bens duráveis. A gente atribui isso a um saldo do FGTS que foi usado no consumo. Pesquisas mostram que boa parte desses recursos foi usada para quitar dívidas, mas sobrou também para consumir”, disse Juliana Serapio.
Após duas elevações consecutivas, o item Momento para Duráveis apresentou ligeira queda de 0,1% em julho ante junho, mas, em relação a julho de 2016, o componente teve um salto de 25,8%, o oitavo aumento consecutivo. Segundo Juliana, as elevações expressivas na comparação com o mesmo mês do ano passado são decorrentes de uma base de comparação muito baixa. Mas também houve contribuição recente do IPCA, que mostrou deflação de 0,23% em junho, e dos dados do Caged do Ministério do Trabalho, que registraram criação de vagas formais em junho, pelo terceiro mês consecutivo. “O mercado de trabalho é a principal variável para o aumento no consumo”, lembrou a assistente econômica da CNC.
No ICF de julho, o componente Emprego Atual cresceu 0,3% em relação ao mês anterior, para 107,5 pontos, único subitem acima da zona de indiferença de 100 pontos. Na comparação anual, o crescimento foi de 6,9%. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual foi de 31,3%, ante uma fatia de 31,2% em junho (AE).