Presidente do Senado, Renan Calheiros. |
Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros, evitou comentar a decisão do STF que o manteve no comando da Casa. Ele se limitou a dizer que o resultado do julgamento é “indiscutível” e “fala por si só”. Também se defendeu dos 11 inquéritos que tramitam contra ele no STF. “Ninguém pode ser condenado sem provas, unicamente porque é presidente do Congresso”, disse.
Renan afirmou que conversou com o presidente Michel Temer após o julgamento, como tem feito todos os outros dias, mas não quis responder o que ele achou da decisão. “Não tem o que comentar da decisão judicial, decisão judicial do STF é para se cumprir”, disse. Nos dias anteriores, Renan se recusou por duas vezes a receber a notificação do oficial de Justiça sobre o seu afastamento, determinado pelo ministro Marco Aurélio Mello.
Ele declarou ainda que a denúncia por peculato que o tornou réu na Corte “não vai sobreviver”, pois é inocente. Renan alega que toda a prestação de contas foi feita corretamente nesse caso e que pagou a locadora de veículos em dinheiro, por isso não há comprovante de transferência. Ele é acusado de usar a locadora para desviar dinheiro da cota para atividade parlamentar, o chamado “cotão”, em 2007.
Para se defender, Renan citou o primeiro inquérito feito contra ele na Operação Lava Jato, com base na delação do ex-presidente da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foi arquivado pelo ministro Teori Zavascki. Segundo Renan, há outros dois inquéritos no Supremo com base na mesma delação, que acredita que consequentemente também serão arquivados. “Uma a uma, todas essas denúncias vão ruir”, declarou (AE).