Para Jaques Wagner, os protestos não enfraquecem o governo. |
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse ontem (14), após a reunião da coordenação política com a presidente Dilma Rousseff, que o governo reconhece que as manifestações foram “vigorosas”, mas que também foram produzidas por federações de empresas. “Nessa manifestação tem uma agenda que considero negativa porque não tem uma proposição. Tem um “tira fulana” e pronto. Isso não vai resolver o problema do Brasil. Impeachment não é remédio nem para impopularidade nem para crise econômica. De qualquer forma, deve ter animado a oposição”.
Segundo o ministro, o governo não tem “nada de bombástico para anunciar” como resposta às ruas. “O que a gente vai fazer é apressar o que já vem fazendo. Tem vários componentes, mas o que considero fundamental é o da economia. A retomada econômica é o único remédio que eu acho que tem que ser feito e esse remédio está sendo pensado”, acrescentou.
Na avaliação de Wagner, os protestos não enfraquecem o governo. “As pessoas que estão indo à rua têm um perfil claramente oposicionista. Se 51 milhões de pessoas foram às urnas na eleição para ser contra o governo da presidenta Dilma ou do PT, acho que o protesto não enfraquece. O que o governo precisa para ter mais gás é a recuperação da economia, a volta da geração de empregos”.
Para o ministro, a manifestação atual contra o governo foi grande, mas segmentada. “É óbvio que tem gente que votou nela e não está satisfeito. É só olhar as pesquisas. Nós perdemos musculatura e isso nós reconhecemos”. Jaques Wagner informou que o governo está reunindo os ministros e as lideranças políticas aliadas para montar a estratégia de defesa da presidenta no processo de impeachment na Câmara (ABr).