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Petrobras investirá US$ 54 bilhões no Rio de Janeiro nos próximos 5 anos

em Manchete
sexta-feira, 09 de agosto de 2019
Justica temporario

No ano passado, a companhia pagou de impostos cerca de R$ 17 bilhões.

Foto: Marcelo Sayão/EFE

A informação foi dada pelo presidente da companhia, Roberto Castello Branco, durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro na sexta-feira (9). Ele explicou que a Petrobras é uma empresa do Rio de Janeiro, mas, como vai intensificar o foco nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás, até 2022, as suas operações e as suas refinarias, além desse estado, ficarão concentradas em São Paulo e no Espírito Santo. O Rio de Janeiro vai se beneficiar com a arrecadação obtida com a produção de petróleo.
No ano passado, a companhia pagou de impostos cerca de R$ 17 bilhões, e a tendência é crescente, com impostos gerados não só com as atividades da Petrobras, mas de outras empresas que estão investindo no pré-sal. Ele reconheceu que há um declínio acelerado na produção dos campos do pós-sal, mas explicou que isso ocorre por causa do envelhecimento do depósito mineral: “assim como as pessoas, o depósito mineral envelhece”.
Do total de US$ 54 bilhões que a empresa investirá, cerca de US$ 20 bilhões serão aplicados na Bacia de Campos, por meio da compra de blocos exploratórios e parcerias com especialistas em recuperação de campos, para estabilizar o declínio. “A Bacia de Campos é uma senhora já idosa, e nós esperamos que ela estabilize e fique em boa saúde, mas não podemos colocá-la para correr a maratona”.
Castello Branco mencionou decisões do passado que levaram a empresa a dificuldades financeiras e ao envolvimento de diretores com casos de corrupção identificado. Uma dessas iniciativas, o Comperj localizado em Itaboraí, ele classificou de “desastre”, por levar ilusões ao povo e por ter provocado desemprego na região após a paralisação das obras.
Informou que a companhia está investindo US$ 4 bilhões na retomada de parte das obras, para finalizar a construção da Rota 3, um gasoduto que ligará o pré-sal à costa, e na usina de processamento de gás natural. Atualmente, 4.500 pessoas trabalham no local. A maioria (90%) foi recrutada na região de Itaboraí e a previsão é alcançar 7.500 pessoas empregadas na obra (ABr).