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Para Renan e Jucá: pedido de prisão é “absurdo, desproporcional e abusivo”

em Manchete
terça-feira, 07 de junho de 2016

Pedro França/Ag.Senado

Senador Romero Jucá e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

O presidente do Senado, Renan Calheiros e o senador Romero Jucá consideraram “absurdo” e “desproporcional” o pedido de prisão deles feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki. Em nota, Renan considerou a iniciativa “desarrazoada, desproporcional e abusiva”. “O presidente do Senado reafirma que não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça, já que nunca agiu para evitar a aplicação da lei”.
O senador relembra que já prestou os esclarecimentos que lhe foram demandados e continua com a postura colaborativa para quaisquer novas informações”, diz o documento. Ainda na nota, Renan reitera seu respeito à dignidade e à autoridade do STF e a todas às instituições democráticas do país. “Todas as instituições estão sujeitas ao sistema de freios e contrapesos e, portanto, ao controle de legalidade. O Senado Federal tem se comportado com a isenção que a crise exige e atento à estabilidade institucional do país”, acrescentou o senador.
Também por meio de nota, Jucá classificou de “absurdo o pedido”. “Em nenhum momento agi ou atuei no sentido de propor legislação ou qualquer tipo de ação que pudesse ser interpretada como tentativa de confundir as investigações. Defendo que investigados presos possam utilizar-se do mecanismo da delação premiada. Defendo a prisão, com julgamento em segunda instância, em caso que a justiça entenda que seja necessária”, afirmou, lembrando que, desde que foi vítima da gravação de Sérgio Machado, pediu afastamento do Ministério do Planejamento e solicitou cópia do conteúdo à PGR para que pudesse se defender.
“Solicitei também à PGR e ao STF cópia da delação do senhor Sérgio Machado na parte que envolve meu nome. Até a data de hoje, venho sendo acusado e agredido por adversários políticos e não tenho conhecimento do material a que tenho direito de ter acesso para que eu possa me defender”. Ele lamentou o que chamou de “vazamento seletivo” que, afirmou, expõe as pessoas sem nenhum tipo de contraditório. “Volto a reafirmar que estou à disposição da justiça para qualquer informação ou investigação e já coloquei à disposição meu sigilos fiscal, bancário e telefônico; e que nada temo e apoio qualquer tipo de investigação”, concluiu Jucá (ABr).