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Mudança na Previdência não acaba com déficit, mas busca nova trajetória

em Manchete
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Antônio Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Antônio Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Marcelo Caetano, secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda.

Rio – A reforma da Previdência tende a beneficiar mais as gestões futuras do que a própria gestão atual, do presidente Michel Temer, defendeu ontem (10), Marcelo Caetano, secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, durante o seminário “Previdência Social no Brasil: Aonde queremos chegar?”, no Rio de Janeiro. “Quem propõe uma reforma da Previdência está muito mais preocupado com as gestões futuras do que com o presente”, declarou Caetano, frisando que a reforma é essencial e fundamental.
Segundo ele, a proposta do governo não tem como objetivo acabar com o déficit da Previdência, mas sim fazer com que o gasto com os benefícios como proporção do PIB fique relativamente estável. “A gente sabe que não é possível uma reforma para acabar com o déficit, mas que tenha uma trajetória como proporção do PIB mais controlada”, explicou o secretário.
Caetano lembrou que a população brasileira envelhece rapidamente, puxada pela queda na taxa de fecundidade e maior longevidade da população idosa. Além disso, a despesa previdenciária no País já é elevada, aliada a um déficit também acentuado.
Na sua avaliação, é necessário fazer ajustes. Ele defendeu a idade mínima de 65 anos tanto para homens quanto para mulheres. Lembrou que, atualmente, trabalhadores do sexo masculino que residem em região urbana já têm que esperar os 65 anos caso queiram se aposentar por idade.
O secretário ressaltou a importância das regras de transição, mas lembrou que a exigência de uma idade mínima é comum em outros países. “Quando a gente olha para a experiência internacional, a gente vê que esse número de 65 anos se contempla. A existência de uma idade mínima para aposentadoria é prática internacional extremamente recorrente”, defendeu (AE).