Futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Foto: Valter Campanato/ABr |
O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou ontem (26) a criação da Secretaria de Operações Policiais Integradas, para articular ações policiais entre o governo federal e os estados. Para o cargo, ele convidou o delegado da PF Rosalvo Ferreira Franco, que foi o superintendente da PF no Paraná por duas vezes, incluindo durante o auge da Operação Lava Jato.
“A ideia da secretaria é poder coordenar operações policiais a nível nacional. Hoje nós temos muitos grupos e atividades criminosas que transcendem as fronteiras estaduais e essa ação precisa, muitas vezes, de uma coordenação a nível nacional. Isso já é feito, de certa maneira, dentro do Ministério da Segurança Pública, mas a criação de uma secretaria específica pra isso é de todo oportuno, na nossa avaliação”, afirmou Moro.
O futuro ministro destacou a atuação de Rosalvo na Operação Lava Jato como credenciais para sua indicação como secretário. “É um grande nome para exercer essa função, considerando toda a sua experiência policial”, acrescentou. Para dirigir o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Moro anunciou a indicação do também delegado da PF Fabiano Bordignon, atualmente delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu.
“É uma função estratégia, nós todos sabemos que os presídios, no Brasil, hoje constituem uma espécie de problema, devido a questão de superlotação e fragilidade de certos presídios”, disse Moro, ao comentar a escolha. Ele lembrou da atuação de organizações criminosas dentro das prisões e ainda ressaltou a experiência do delegado na administração penitenciária (ABr).