84 views 3 mins

Ministro da Economia defende capitalização na reforma da Previdência

em Manchete
sexta-feira, 26 de julho de 2019
Paulo temproario

Paulo temproario

O ministro também destacou as iniciativas do governo para reduzir o custo da energia.

Foto: Adriano Machado/ABr

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na sexta-feira (26) a inclusão do modelo de capitalização na reforma da Previdência. Em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro, lembrou que a decisão de incluir essa possibilidade na reforma é do Congresso.
“Se tivermos a possibilidade de oferecer essa solução, ofereceremos­”. Ao argumentar a favor da capitalização, defendeu que “ninguém seria deixado para trás” com o modelo, porque a renda de quem não conseguisse contribuir o suficiente para se aposentar com um salário mínimo poderia ser complementada de forma solidária.
O ministro demonstrou confiança na aprovação da reforma da Previdência no Congresso, elogiando o trabalho do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na condução do trâmite até a aprovação em 1º turno. “O presidente do Senado vai fazer um belo trabalho também. Estou seguro disso”, explicou o ministro, que destacou o acordo entre o Mercosul e a UE e o leilão dos excedentes da cessão onerosa como medidas já encaminhadas que trarão benefícios à economia.
Guedes comparou a liberação do saque do FGTS durante o governo Temer e o proposto por sua equipe. Destacou que dessa vez a medida beneficiará até 100 milhões de pessoas e permitirá que pessoas mais pobres possam ter um salário extra todo ano. Fez um panorama da história econômica do Brasil e apontou o crescimento descontrolado de gastos públicos como um problema que não foi enfrentado ao longo dos anos, nem após a redemocratização, quando ele avalia que o Estado deveria ter sido descentralizado.
O ministro destacou que as iniciativas do governo para reduzir o custo da energia podem produzir um ganho de 10% no PIB da indústria em 10 anos. Ele defendeu a postura da Petrobras de acelerar a exploração e produção de petróleo, abrindo mais espaço para a inciativa privada em outras etapas da cadeia petrolífera. “Daqui a 20 ou 30 anos, pode ser que os carros sejam elétricos”, disse ao defender que a riqueza gerada com o petróleo se transforme em educação e capital humano (ABr).