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Mercosul não pode travar inserção do Brasil em outros mercados

em Manchete
segunda-feira, 08 de junho de 2015

Marcelo Camargo/ABr

Acordos do bloco não colidem com negociações com outros países,  disse o ministro.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse que o Mercosul não deve ser trava para que o Brasil busque acordos com outros mercados. Ao participar do seminário Brasil: Perfil de Competitividade, no Rio de Janeiro, ele destacou que as exportações precisam ser um canal permanente para a economia brasileira, e não um escape para momentos de crise.
Para ele, um acordo entre a União Européia e o bloco sul-americano está entre as prioridades. E que, desde março, sua equipe tem dado “prioridade absoluta” ao mercado americano, que foi o maior comprador de produtos manufaturados brasileiros em 2014. “Nós ainda reconhecemos o Mercosul como algo importante, mas ele não pode se constituir numa trava para [impedir] que o Brasil busque um padrão de inserção em outros blocos econômicos”.
O ministro afirmou que os acordos do Mercosul não colidem com negociações com outros países. “Nosso casamento é indissolúvel, mas é sempre importante discutir a relação”, afirmou. De acordo com o ministro, o comércio exterior é uma forma de aumentar a competitividade das empresas brasileiras, porque empresas capazes de exportar se tornam mais competitivas.
Monteiro disse que a valorização das commodities nos últimos anos gerou uma acomodação no país, que se beneficiou com a alta de preços de minérios e produtos agrícolas, por exemplo. “Muitos imaginaram que o Brasil havia contratado a prosperidade de forma definitiva. No entanto, o ciclo passou”, disse ele, concluindo: “Está na hora de o Brasil voltar-se para os seus desafios, os que ainda estão aí e permanecem: uma agenda de reformas inconclusas – portanto, sem as reformas – e uma melhoria no ambiente macroeconômico, o Brasil não terá condições de retomar o seu processo de crescimento” (ABr).