Presidente da Câmara, Rodrigo Maia. |
Brasília – Candidato à reeleição para o comando da Câmara, o deputado Rodrigo Maia disse ontem (5), ter ficado orgulhoso ao ser citado pelo colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) como presidente que não criou “patota” na Casa. “Acho que esse é o caminho: não restringir o poder a poucos e distribuir o poder”, afirmou. Mesmo sem formalizar sua candidatura, Maia destacou que não haverá retaliação a ninguém no dia seguinte do processo eleitoral na Câmara. “Retaliar não é democrático”, justificou.
Ele lembrou que logo que foi eleito presidente da Casa partilhou o poder com todos. Ao ser questionado sobre a acusação de que estaria oferecendo cargos no governo em troca de apoio à sua recondução, Maia ignorou a pergunta, informando que seu objetivo é manter a harmonia e o ambiente menos radicalizado criado em sua gestão, “sem conflitos pessoais” entre os parlamentares durante as votações em plenário e com respeito a oposição.
Para Maia, o STF não deve interferir no processo eleitoral interno. Em sua avaliação, a escolha do presidente do próximo biênio deve se restringir ao campo político e deve ser capaz de fortalecer a instituição. Voltou a repetir que ainda está “amadurecendo” sua candidatura, mas defendeu o direito de disputar um segundo mandato para o comando da Câmara. Ele enfatizou que a restrição para disputa do cargo é da época da ditadura militar (AE).