Consumidor deve evitar usar cheque especial. |
A taxa de juros do cheque especial continua subindo e chegou a 324,7% ao ano, em janeiro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados ontem (27), em Brasília. Em relação a dezembro, o aumento foi de 1,7 ponto percentual. Outra alta taxa de juros é a do rotativo do cartão de crédito, que atingiu 241% ao ano em janeiro, com aumento de 7,1 pontos percentuais em relação a dezembro. Essa é a taxa para quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia.
Já a taxa cobrada dos consumidores que atrasaram o pagamento mínimo da fatura, crédito rotativo, caiu 14,6 pontos, indo, em janeiro, para 387,1% ao ano. Com isso, a taxa média ficou em 327,9% ao ano, com queda de 6,9 pontos percentuais em relação a dezembro. A taxa do crédito parcelado aumentou 3 pontos percentuais para 171,5% ao ano, no primeiro mês do ano. A taxa média de juros para as famílias subiu 0,7 ponto percentual para 55,8% ao ano, em janeiro.
A taxa média das empresas também cresceu 0,7 ponto percentual: agora é de 22,3 % ao ano. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em 5,2%. No caso das pessoas jurídicas, houve alta de 0,3 ponto percentual para 4,8%. Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar dinheiro captado no mercado.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, avaliou que embora tenha havido alta em janeiro, as taxas de juros, quando analisadas em períodos mais longos, estão se reduzindo. “As taxas de juros têm se reduzido se olhar em períodos mais longos, de 12 meses”, disse. Em 12 meses, a taxa de juros média cobrada das famílias caiu 17,4 pontos percentuais. No caso das empresas, houve redução de 6,4 pontos percentuais (ABr).