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Temer: transferência da PF para Ministério da Segurança não interrompe Lava Jato

em Manchete Principal
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Cerimônia de Posse do Ministro de Estado Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Cerimônia de Posse do Ministro de Estado Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann.

O presidente Michel Temer disse ontem (27) que a transferência do Departamento da Polícia Federal do Ministério da Justiça para o recém-criado Ministério Extraordinário da Segurança Pública não vai interromper os trabalhos da Operação Lava Jato.
“Isso aí tem sido tranquilamente levado adiante. Não há um movimento sequer com vistas à interrupção [da Lava jato]. Aliás, vamos registrar o fato: segurança pública é combater a criminalidade. Que tipo de criminalidade? Aquela digamos mais evidenciada como tráfico de drogas, bandidagem em geral, e, evidentemente, a corrupção. Essa é a função do Ministério Extraordinário da Segurança Pública”, disse Temer, após a posse de Raul Jungmann como ministro da nova pasta.
Depois da intervenção do governo federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, o presidente Michel anunciou a criação de um ministério específico para cuidar da segurança. A medida provisória (MP) que cria o órgão foi publicada ontem (27) no Diário Oficial da União e precisa, agora, ser aprovado pelos parlamentares. A estrutura do ministério será composta pelo Departamento de Polícia Federal; pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Penitenciário Nacional, o Conselho Nacional de Segurança Pública, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão responsável pela Força Nacional de Segurança Pública.
Temer afirmou, em uma rápida entrevista após a cerimônia de posse de Raul Jungmann como ministro da Segurança, que vai avaliar “caso a caso” ajuda para segurança pública para outros estados além do Rio e pediu que a população se engaje para também denunciar criminosos. Ao ser questionado sobre o papel do ministério da Segurança em relação ao comando a Polícia Federal e a possibilidade de atrapalhar o trabalho da operação Lava Jato, Temer disse que isso “vem sendo tranquilamente levado a adiante”. “Não há um movimento sequer com vistas à interrupção da operação”, completou (ABr).