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Indústria da construção reduz empregos e nível de atividade

em Manchete
quinta-feira, 23 de julho de 2015

Divulgação

Os empresários atribuem o cenário negativo à alta carga tributária, às elevadas taxas de juros e à inadimplência dos clientes.

O número de empregados e o nível de atividade da indústria da construção registraram queda no mês de junho, segundo a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após leve alta em maio em relação a abril, os dois indicadores recuaram em junho na comparação com o mês anterior, ficando em 37,5 pontos e 35,9 pontos, respectivamente, em uma escala de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento.
A Utilização da Capacidade de Operação também recuou no mês de junho. O índice, que havia registrado variação positiva de 1 ponto percentual de abril para maio, passou de 61%, em maio, para 60%, junho, o que mostra que 40% do parque industrial estão ociosos. Segundo o levantamento, feito entre os dias 1º e 13 de julho, com 607 empresas do segmento, o nível de atividade diminuiu de 37,7 pontos, em maio, para 37,5 pontos, em junho. Já em relação ao número de empregados, o indicador passou de 36,6 pontos, para 35,9 pontos no mesmo período.
O cenário é semelhante em relação ao número de empregados. Enquanto as pequenas e as grandes empresas reduziram o número de trabalhadores, as empresas de médio porte tiverem crescimento da mão de obra, passando de 34,9 pontos, em maio, para 37,4 pontos, em junho. A situação financeira das empresas do setor piorou no segundo trimestre, passando de 38,3 pontos, para 37,2 pontos. A margem de lucro operacional também recuou, passando de 34,7 pontos, no primeiro trimestre do ano, para 32,7 no segundo.
De acordo com CNI, os empresários atribuem o cenário negativo à alta carga tributária, às elevadas taxas de juros e à inadimplência dos clientes. Esses problemas foram citados por 35,4%, 35% e 30,5% dos entrevistados, respectivamente. Em quarto e quinto lugares, aparecem a demanda interna insuficiente (27,6%) e a falta de capital de giro (27,2%) (ABr).