A Embaixada da Venezuela em Brasília foi invadida ontem (13) por manifestantes apoiadores do autoproclamado presidente Juan Guaidó. De acordo com a “embaixadora” designada para o Brasil, María Teresa Belandria, funcionários da sede diplomática teriam informado a representantes do governo que reconhecem Guaidó como presidente da Venezuela. As pessoas teriam “entregado voluntariamente” a embaixada à oposição.
No entanto, o encarregado de negócios do país, Freddy Meregote, afirmou que o local foi invadido e nega que os funcionários permitiram a entrada dos militantes. Segundo fontes, o ato foi realizado para coincidir com a cúpula dos líderes do Brics. O Brasil e mais de 50 países reconhecem Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela, mas ainda assim a embaixada em Brasília continuava sob o comando de aliados de Maduro.
Em sua conta no Twitter, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, responsabilizou o governo brasileiro pela “invasão à força” da embaixada. “Fazemos responsável o governo do Brasil pela segurança de nosso pessoal e instalações diplomáticas. Exigimos respeito à convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, escreveu.
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou pelas redes sociais no início da tarde de ontem (13). “Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade”, diz o texto, ressaltando que Bolsonaro “jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão” (ANSA).
Diante dos eventos ocorridos na Embaixada da Venezuela, repudiamos a interferência de atores externos. Estamos tomando as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.