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Goldfaj: aprovação de reformas para manter inflação controlada

em Manchete
sexta-feira, 27 de abril de 2018
Wilson Dias/ABr

Wilson Dias/ABr

Presidente do BC, Ilan Goldfajn.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfaj, defendeu a aprovação de reformas para manter o atual cenário de inflação controlada no país – atualmente, o índice oficial de preços está em 2,68% e a taxa báscia de juros da economia (Selic), em 6,5%. “Temos que fazer nosso dever de casa, as reformas, aprovar a reforma da Previdência, colocar as contas públicas em ordem, manter a inflação baixa, o juro baixo, trabalhar para manter as contas públicas baixas”, afirmou Goldfajn, em palestra sobre o papel do BC na economia brasileira.
Ele falou em São Paulo para uma plateia formada por universitários do Ibmec e de convidados. No evento, Goldfaj abordou temas como como a política monetária, a regulação e a supervisão financeira e o papel do Copom. Para ele, o comportamento atual do câmbio reflete os fundamentos da economia internacional e da doméstica. Quando há poucas pessoas querendo investir no país, é natural que o dólar suba, disse ele. “Se os juros estão subindo nos Estados Unidos o câmbio reflete isso”. O câmbio precisa ser flutuante para equilibrar a economia.
Ressaltou que só Cingapura usa o câmbio para controlar a inflação. “No resto do mundo e no Brasil, usa-se juro para controlar a inflação e deixa-se o câmbio flutuar”. Sobre a conjuntura econômica atual, Goldfajn destacou que o Brasil passa por uma recuperação consistente da economia. “Agora estamos discutindo se a economia cresce 2,5% ou 3%. Na verdade, o cenário internacional nos ajudou nos últimos anos; a economia global cresceu, ou seja, quase todos os países conseguiram se recuperar”.
Goldfajn afirmou que o avanço internacional, hoje, pode ser considerado benigno, mas ressaltou que não é possível contar com essa situação permanentemente. “Se conseguirmos continuar com as reformas, vamos poder consolidar a inflação baixa, consolidar os juros baixos, a Selic, e esses juros baixos, ao longo tempo, vão se espalhar para os outros rumos da economia. Vamos sustentar a recuperação da economia e voltar a crescer” (ABr).