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Eunício afirma que eleitor precisa ser ouvido sobre reforma política

em Manchete
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Marcos Brandão/Ag.Senado

Marcos Brandão/Ag.Senado

Presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou ontem (21) que a reforma política em tramitação no Parlamento deve escutar a vontade do eleitor. A reforma não pode ser “para uma única eleição” e deve permitir o fortalecimento dos partidos e da governabilidade. “Tenho que pegar o pulso da Casa, mas buscar também o sentimento da sociedade em relação ao que significa uma reforma política”, afirmou.
Entre outros itens da reforma, Eunício citou o fim das coligações proporcionais e a criação da cláusula de barreira, que tendem a reduzir o número de partidos. Também disse acreditar que os eleitores preferem o sistema distrital misto, e não o “distritão” proposto na atual reforma, em que são eleitos os candidatos mais votados, independente do quociente atingido pelo partido ou coligação. “Sou parlamentarista. O distritão poderia ser uma transição, mas muitos receiam que essa transição possa se tornar efetiva. Não é o que nós queremos para o país”.
Eunício rechaçou duas propostas — a volta do financiamento de campanha por empresas e a possibilidade de doações ocultas, em discussão na Câmara. “Se o sistema anterior, legitimado por uma lei clara, que permitia empresas, deu no que deu, agora vamos criar novamente financiamento privado? Li que na Câmara tinha um projeto de doações ocultas. Não passará aqui no Senado. Não pautarei no Plenário”.
Eunício lembrou que a reforma política tem que ser aprovada até o final de setembro, para valer já para as eleições de 2018. Hoje (22) haverá reunião de líderes para discutir as prioridades da pauta. Apesar da urgência da reforma política, Eunício disse que os projetos voltados para a segurança pública e a economia também são prioritários. “Com todo respeito às corporações, vamos filtrar para debater aqueles projetos que sejam de interesse da população. Temos uma outra preocupação, que é a economia do país e não podemos ficar apenas no discurso”.