O crânio, mesmo em pedaços, ainda poderá ser restaurado. Foto: Reprodução |
Um grupo de pesquisadores anunciou na sexta-feira (19) que conseguiu encontrar fragmentos do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo do Brasil, entre os escombros do Museu Nacional, destruído após um incêndio no último dia 2 de setembro. De acordo com os cientistas, pelo menos 80% dos fragmentos já foram identificados.
O crânio, mesmo em pedaços, ainda poderá ser restaurado. A equipe, no entanto, afirmou que é preciso aguardar o repasse de verba do Governo Federal para que haja a reabertura do laboratório do museu, administrado pela UFRJ. Segundo os técnicos, ainda foram localizados a parte da testa e nariz, a parte lateral, ossos e o fragmento de um fêmur que também pertencia a Luzia e estava guardado.
Luzia é um dos itens mais importantes do Museu Nacional e foi achada em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974. O objeto fazia parte da coleção de antropologia e trate-se do fóssil de uma mulher que morreu entre 20 e 25 anos e seria a habitante mais antiga das Américas. O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, que abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, foi devastado por um incêndio no dia 2 de setembro (ANSA).