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Eleição para o Senado em MG pode reeditar disputa presidencial

em Manchete
segunda-feira, 04 de junho de 2018
Antonio Lacerda/EFE

Antonio Lacerda/EFE

Aécio e Dilma podem reeditar disputa, agora por vaga no Senado.

Belo Horizonte – A disputa pelas duas vagas mineiras no Senado na eleição deste ano, poderá ser uma reedição do segundo turno da campanha presidencial de 2014 e colocar, quatro anos depois, a presidente cassada Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves novamente em campos opostos de uma disputa eleitoral. Nenhum dos dois, nem seus partidos e interlocutores, entretanto, bate o martelo sobre uma eventual candidatura.
A situação de Aécio é mais complicada. Réu no STF por corrupção passiva e obstrução de Justiça, e alvo de outros sete inquéritos na Corte, o senador enfrenta dificuldade para encontrar apoio de aliados. No PSDB mineiro, há quem defenda que Aécio tente uma vaga na Câmara ou, numa situação extrema, deixe de concorrer a um cargo eletivo este ano.
Assim como Aécio, o outro senador por Minas que termina o mandato neste ano, Zezé Perrella (MDB), não deverá concorrer à reeleição. De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, a entrada de Perrella no MDB não teria agradado a algumas alas do partido, e seu nome nem sequer foi cogitado para integrar as candidaturas próprias da sigla.
Já o PT diz que Dilma poderá se candidatar ao Senado mas faz a ressalva de que cabe exclusivamente à ex-presidente confirmar qual seria sua participação nas eleições de outubro. Com Dilma na campanha, de acordo com o cientista político Rudá Ricci, do Instituto Cultiva, o embate direto entre a ex-presidente e o senador Antonio Anastasia é esperado, já que o pré-candidato tucano ao governo foi o relator do processo de impeachment da petista (AE).