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Defasagem na tabela do IRPF está próxima de 104%

em Manchete
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

A inflação oficial pelo IPCA de 4,31% no ano passado fez a defasagem na tabela do IRPF ultrapassar 100% pela primeira vez na história. Segundo cálculos divulgados pelo Sindifisco Nacional, a diferença entre o IPCA acumulado de 1996 a 2019 e a correção da tabela no mesmo período chega a 103,87%. Segundo o sindicato, o número de pessoas isentas passaria de 10 milhões para 20 milhões, caso a correção fosse feita.

Atualmente, não precisa declarar Imposto de Renda quem ganha até R$ 1.903,98 por mês. A defasagem acima de 100% indica que a faixa de isenção deveria mais do que dobrar para compensar as perdas com a inflação nos últimos 23 anos. Os contribuintes que recebem até R$ 3.881,65 por mês deveriam estar isentos.

Desde 2015, a tabela do Imposto de Renda não sofre alterações. A dedução por dependente, hoje em R$ 189,59 por mês (R$ 2.275,08 por ano), corresponderia a R$ 387,20 por mês (R$ 4.646,40 por ano), caso a tabela tivesse sido integralmente corrigida. O teto das deduções com educação, de R$ 3.561,50 em 2019, chegaria a R$ 7.260,83 sem a defasagem na tabela.