Entrevista coletiva do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. |
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse ontem (19) que se sente em condições e com legitimidade para continuar comandando a Casa. A declaração ocorre após a divulgação de documentos que comprovariam a existência de contas na Suíça em seu nome e de familiares. “Aqui [da presidência da Câmara] só cabe uma maneira de eu sair, que é renunciar, e eu não vou renunciar. Então, aqueles que acham a que podem contar com minha renúncia, esqueçam: eu não vou renunciar”, afirmou.
O deputado negou que esteja sofrendo pressão para sair da presidência e disse que está em busca do apoio de aliados e do PMDB para permanecer no comando da Câmara e chamou de especulações as informações divulgadas a esse respeito. Em relação às denúncias que o envolvem, Cunha disse que mantém o teor de nota divulgada na última sexta-feira (16), quando se pronunciou sobre documentos encaminhados à Procutadoria pelo Ministério Público suíço e divulgados em uma reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo.
A mulher do presidente da Câmara, Claudia Cruz, e sua filha, Danielle Cunha, também são citadas na ação. Em razão das denúncias, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de investigação contra Cunha. O pedido foi aceito pelo ministro Teori Zavaski. No pedido, a PGR afirma que o deputado recebeu propina de contratos da Petrobras até 11 de setembro de 2014 (ABr).