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BNDES: é prematuro manifestar-se sobre impacto da Carne Fraca

em Manchete
sexta-feira, 24 de março de 2017
Marcelo Camargo/ABr

Marcelo Camargo/ABr

Presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques.

A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, disse que ainda é prematuro emitir qualquer posicionamento sobre possíveis impactos da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. “Está muito recente ainda”, disse Maria Silvia. “Aparentemente, a coisa é restrita, mas estamos acompanhando. Quando tiver algum posicionamento, a gente falará”. Como não há uma avaliação concreta do cenário, não há ações em curso, acrescentou. “Não estamos fazendo nada. Estamos apenas acompanhando para entender exatamente o que está acontecendo, como todo mundo”.
O BNDES tem participação acionária em parte dos frigoríficos investigados. Para Maria Silvia, a desvalorização não é uma perda. Ela participou na sexta-feira (24), no Rio, da abertura do Seminário Start-Ups: Formas Efetivas de Apoio no Brasil, e antecipou que o banco anunciará em breve um movimento de entrada no mercado digital para o público de pequenas e médias empresas. Maria Silvia disse que um dos objetivos do BNDES para este ano é conseguir que 50% dos pedidos de crédito tenham aprovação em até 180 dias. Atualmente, a média de tempo de avaliação é 400 a 600 dias.
Na abertura do evento, o secretário de Inovação do Ministério de Desenvolvimento, Marcus Vinícius de Souza, disse que governo, investidores e empresários precisam de mais maturidade para aproveitar os instrumentos de apoio à inovação existentes no Brasil. O Brasil ocupa hoje a 69ª posição no ranking global de inovação, elaborado pela Johnson Cornell University, pelo INSEAD, pela Business School for the World e pelo World Intelectual. Sua menor pontuação é no critério “capital humano”. O país tem 33,2 pontos, enquanto a Suíça, primeira colocada, tem 66,3. Chile, México, Colômbia e Uruguai estão à frente do Brasil (ABr).