Foto: Antonio Cruz/ABr O recém-empossado procurador-geral da República, Augusto Aras. |
O recém-empossado procurador-geral da República, Augusto Aras, disse ontem (2) que “não há poder do Estado que esteja imune ao Ministério Público”, e que deve priorizar durante sua gestão o combate “intransigente à corrupção”. Em solenidade de posse na sede da PGR, em Brasília, Aras, dirigindo-se ao presidente Jair Bolsonaro, disse que “a sensibilidade e a experiência política de sua excelência, senhor presidente, sugere na ordem de prioridade das ações do Ministério Público o enfrentamento intransigente a corrupção”.
Antes, ele afirmou que o “Ministério Público recebeu da Assembleia Nacional Constituinte a missão de ser um dos vetores da nacionalidade, permeando sua atuação junto a todos os poderes e setores da sociedade”. “Não há poder do Estado que esteja imune à ação do Ministério Público”. Entre as operações de combate à corrupção, Aras citou nominalmente a Lava Jato, elogiando o ex-juiz Sergio Moro.
O presidente Jair Bolsonaro, disse que a escolha por Aras não foi fácil diante dos nomes que se apresentaram e da qualificação do quadro do MP. Fez ainda um apelo aos procuradores para que continuem atuando com independência, altivez e bons propósitos, mas que, se necessário, atuem numa correção de rumos agora, antes de promover punição futura de eventuais erros.
“É importante investigar, fazer cumprir a lei, mas muitas vezes se nós não estivermos num caminho não muito certo, que muita vezes estamos fazendo aquilo bem-intencionados, que possamos corrigir. Corrigir é muito melhor que uma possível sanção lá na frente”. Nascido em Salvador em 1958, Aras é mestre em direito econômico pela UFBA e doutor em direito constitucional pela PUC-SP. Ele ingressou no Ministério Público em 1987 (ABr).