Um macaco bugio encontrado morto na região tinha o vírus da doença. |
O zoológico de São Paulo, o Jardim Botânico e o Zoo Safari, na zona sul da capital, foram fechados ontem (23), para evitar o risco de contaminação por febre amarela. A Secretaria Estadual de Saúde, confirmou que um macaco bugio encontrado morto na região tinha o vírus da doença. A mesma medida havia sido tomada em relação a três parques estaduais na zona norte da cidade, que ficaram sem receber visitantes por mais de dois meses, sendo reabertos no último dia 10.
Macacos doentes, embora não transmitam a doença, são um indicativo da circulação do vírus. Os primatas são os principais hospedeiros do vírus, mas os únicos vetores de transmissão são os mosquitos. No meio silvestre, os mosquitos picam o macaco que, depois de infectado pelo vírus, pode ser picado por outro vetor e este, por sua vez, transmitir a doença para o homem.
A prefeitura começou ontem a distribuição domiciliar de senhas para vacinação em 16 distritos das zonas sul e leste da cidade. Com as senhas, os moradores poderão ir às unidades básicas de saúde para serem imunizados. Nesta fase, as doses fracionadas da vacina, que garantem proteção por no mínimo oito anos, só serão aplicadas após as visitas casa a casa dos agentes de saúde.
A campanha, que começaria em fevereiro, foi antecipada na cidade para amanhã (25), dia do aniversário de São Paulo e feriado municipal. Na zona leste, a vacinação vai ocorrer em oito distritos: Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael. Na zona sul, também serão oito regiões: Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro, Campo Limpo e Vila Andrade.
De acordo com o último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, 81 pessoas foram infectadas pelo vírus da febre amarela desde janeiro de 2017, sendo que 36 morreram em decorrência da doença. Metade dos casos foi contraída na cidade de Mairiporã, 11,1% em Atibaia e 6% em Amparo. As três cidades correspondem a dois terços dos casos de febre amarela silvestre no estado.
No total, 20 cidades de São Paulo tiveram registros da doença, o equivalente a 3,1% do total de municípios. Não há caso registrado na capital paulista (ABr).