O presidente Michel Temer manifestou-se ontem (20) otimista com o impulso que o setor agrícola do país poderá dar para a retomada do crescimento econômico, a partir de medidas de incentivo como o processo de desburocratização. Ele acredita que a participação dos negócios no mercado mundial deverá aumentar acima da meta, que é a de passar de 7% para 10% em cinco anos. O presidente participou da cerimônia de lançamento do Plano Agro+SP, no World Trade Center, na zona sul da capital.
Falando a uma plateia de representantes do agronegócio, ele reagiu aos que cobram atitudes mais pragmáticas do governo federal contra a crise econômica. Afirmou que ao iniciar a gestão, nesses últimos nove meses, encontrou um ambiente de “fortíssima recessão” e que o primeiro passo foi sair dessa condição. Para demonstrar esse avanço, lembrou que a “Petrobras estava no fundo do poço, mas que seu valor de mercado está 145% maior” e que as ações de outras estatais também se valorizaram.
Além disso, destacou o resultado favorável da gradual queda da inflação, com a taxa chegando ao menor nível em 20 anos no último mês de janeiro, e com tendência de atingir variação abaixo de 4,5%, portanto com chance de ficar abaixo do teto da meta. Em consequência, observou, a situação converge para que a taxa básica de juros, a Selic, possa continuar caindo, favorecendo “o resgate da confiança” e dos investimentos.
“Somos um governo reformista. Queremos um país entrando nos trilhos”, disse ele, acrescentando que para levar o Brasil ao crescimento econômico são necessárias medidas de controle de gastos públicos. Segundo o presidente, nesse curto espaço de tempo já foi alcançada uma redução no déficit público, que passou de R$ 170 bilhões para R$ 140 bilhões.
Ele afirmou que a reforma na área de educação vai devolver a qualidade do ensino e, quanto às demais reformas, como a da Previdência, que estará empenhado em implementá-las. O presidenter procurou desfazer comentários da oposição, que, segundo ele, diz aos trabalhadores: “estão roubando os seus direitos”. “Não é nada disso”, afirmou Temer, ao garantir que não se mexerá nos direitos adquiridos. O presidente foi bastante aplaudido ao defender a redução da carga tributária. Também informou que pretende dar um empurrão na reforma política “Se conseguir fazer isso, me darei por satisfeito” (ABr).
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