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Por que você precisa pensar sobre a geração Z agora e não depois?

em Manchete Principal
terça-feira, 01 de junho de 2021

Alexandra Avelar (*)

Embora alguns ainda não tenham idade suficiente para dirigir, a Geração Z é conhecida como a primeira com verdadeiros nativos digitais, tendo crescido com tecnologia, tablets e smartphones. Apenas neste ano, ela será responsável por cerca de 40% de todos os consumidores globais. À medida que seu poder de compra aumenta, os varejistas e marcas precisarão investir pesadamente em pesquisa e aprender os hábitos de compra dela.

Não podemos ignorar que a pandemia provavelmente acelerou a urgência de adaptar a forma como fazemos negócios. Um estudo recente produzido pela BCG descobriu que, desde o início da Covid-19, 33% dos consumidores da geração Z/millennial aumentaram seus gastos online em 6%. E essa tendência deve continuar mesmo após o fim da pandemia. Então, por que não sair na frente?

Os detalhes da Geração Z – Você não pode se envolver com um grupo de pessoas se não souber quem são e o que valorizam. Felizmente para nós, muitas pesquisas novas revelam os misteriosos interesses e paixões desta nova geração que todos estão tentando descobrir. Um relatório da McKinsey identificou a Geração Z como uma classe que valoriza a expressão individual e evita rótulos.

Esta é uma estatística profunda que redefinirá a forma como se comercializa. Isso significa que as marcas devem agregar valor aos consumidores, ao mesmo tempo que fornecem personalização, em vez de optar por táticas que saem de moda rapidamente. Apostar na personalização. Isso significa mais estratégia, mais conteúdo, mas também, mais recompensa.

Os clientes estão dispostos a pagar um bom valor por produtos que destacam sua individualidade. 58% por cento dos consumidores da classe A e 43% dos consumidores da nova classe média afirmam que estão dispostos a pagar mais por ofertas personalizadas. A demanda existe e, na era de hoje, temos as ferramentas de que precisamos para atendê-la.

Imagem: Pexels

A Geração Z também está ativa na comunidade. Os membros dela se mobilizam em torno de uma variedade de causas. Eles acreditam profundamente na eficácia do diálogo para resolver conflitos e melhorar o mundo. Finalmente, eles tomam decisões e se relacionam com as instituições de uma forma altamente analítica e pragmática. Esses comportamentos influenciam a maneira como a essa geração consome e interage com as marcas.

Para atrair esse público as empresas devem ser autênticas no que diz respeito à forma como operam e às causas que apoiam. É um grande contraste com o mantra de relações públicas de “fique neutro”, que seguimos religiosamente há anos. Sendo assim, ficar em silêncio ou apoiar a causa errada também pode ser um retrocesso.

De acordo com um estudo da Ad Age, 33% deles “pararam de comprar de uma empresa que contribui para uma causa da qual discordam”. É um pouco assustador para as marcas criarem de fato uma identidade holística pensando em apoiar causas e falar em nome delas em um fórum público, mas isso deve se tornar a nova norma. E não para por aí!

A Geração Z também espera que as empresas sejam mais inclusivas em seu marketing e liderança sênior. Na verdade, 76% dos membros desse grupo disseram que consideram a diversidade e a inclusão um tópico importante a ser abordado pelas marcas. E isso se traduz totalmente no resultado final.

Na verdade, eles são mais propensos a comprar um produto ou serviço apoiado por uma companhia socialmente responsável. É hora de recalcular orçamentos e focar nas áreas em que sua empresa pode contribuir monetariamente. Se você não fizer isso, sua concorrência o fará.

Experiência de compras sociais – Tendo nascido na era digital, a Geração Z é especialista em tecnologia e extremamente ativa em plataformas sociais. E é exatamente aqui que a conveniência entra em jogo. As redes não são apenas aonde eles vão para se divertir ou se atualizar com as últimas notícias. É aonde vão para tomar as suas decisões de compra.

Tornou-se uma plataforma de comércio tão importante que 69% está interessada em comprar diretamente nas redes sociais. Para a sorte das marcas, o TikTok (em que a Geração Z representa 60% de todos os usuários) entende a necessidade de criar uma experiência de comércio social bem equipada. A plataforma está constantemente lançando novos recursos de e-commerce e publicidade.

Se o seu público-alvo é essa geração e você não está no TikTok, deve começar a explorar essa rede como uma avenida que pode se traduzir em ganho real. Qualquer marca que pretenda estreitar seu funil precisará avaliar seu fluxo de compra online. Na arena da mídia social, os segundos são importantes. Quanto menor for a distância entre o consumidor e o produto, maior será a probabilidade de as empresas converterem mais vendas.

Se os clientes forem redirecionados constantemente ou precisarem sair da página atual em que estão, a probabilidade de uma venda diminui. Eles desejam poder ir do ponto A ao ponto B no menor tempo possível. A experiência do cliente já é vital para o sucesso de uma empresa. Mas, à medida que a Geração Z se torna mais dominante, ela é o que ajuda ou quebra sua companhia.

Você já pode começar a implementar mudanças em sua abordagem CX hoje, que não só aumentarão as vendas, mas também manterão os clientes fiéis. Não espere até que seja tarde demais. A tecnologia de amanhã já está lá fora.

Imagem: Pexels

Uma volta a um velho estilo de compras QVC – O entretenimento é extremamente importante para esse público. Como resultado, os profissionais de marketing precisarão realizar o ato de equilíbrio, para atingir as metas ao mesmo tempo em que criam conteúdo divertido (e, mais importante, não comercial) para suas plataformas. E a transmissão ao vivo, especialmente o comércio ao vivo, tornou-se o veículo perfeito para fazer isso.

É difícil acreditar que estamos de volta à era das compras no estilo QVC (rede de TV americana especializada em vendas domésticas). Mas com as novas capacidades de marketing e streaming dos influenciadores as compras ao vivo realmente foram levadas a um nível totalmente novo. As compras ao vivo permitem que as empresas ofereçam uma experiência mais pessoal para quem está sintonizado em seu smartphone ou tablet.

Ele fornece uma navegação virtual mais sensorial e permite que os consumidores interajam com representantes da marca em tempo real para fazer perguntas e adicionar comentários antes de fazer uma compra. Os dias de QVC apenas tocaram a superfície. A interatividade em tempo real replica a urgência de um mercado real, solicitando ação imediata e maior participação da comunidade.

Além da Geração Z – Em 2026, esse grupo ultrapassará a Geração Y como a maior base de consumidores nos EUA. Então as marcas precisam se familiarizar com esses consumidores e suas preferências de compra para prosperar no futuro digital. A Geração Z cresceu com tecnologia pessoal e poderosa, que moldou amplamente seus hábitos e demandas de compra.

Eles têm amplas oportunidades de descoberta para buscar e apoiar empresas que atuam na comunidade. As marcas precisam estar cientes dos comportamentos de compra orientados para o valor desse grupo para permanecerem relevantes. Autenticidade nos produtos que você vende, como você os comercializa e o que sua empresa representa são fundamentais quando se trata de se conectar com essa geração.

Se as marcas forem leais à Geração Z, proporcionando experiências criativas e personalizadas que se alinham com seus valores e necessidades, esse grupo se tornará cliente para o resto da vida.

(*) – É country manager da Socialbakers no Brasil, empresa líder global em soluções para a otimização de performance corporativa em redes sociais, recentemente adquirida pela Astute.