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OCDE estima em 2% crescimento da economia brasileira para este ano

em Manchete Principal
quarta-feira, 30 de maio de 2018
A economia se recupera a partir da aprovação de medidas de estímulo.

A economia se recupera a partir da aprovação de medidas de estímulo.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima em 2% a previsão de crescimento do PIB brasileiro neste ano, segundo estudo Perspectivas Econômicas. No último relatório, divulgado em fevereiro, a entidade previa que o PIB cresceria 2,2%. Para o próximo ano, o estudo prevê um crescimento de 2,8%. A entidade reúne 37 países.
Para a OCDE, a economia registrou recuperação, mas condiciona os avanços à aprovação de reformas estruturais, especialmente a da Previdência. O relatório observa ainda que houve investimentos sólidos com reflexos na economia. Há elogios ao programa Bolsa Família e há recomendações para que se invista mais na transferência de renda aos mais pobres. Segundo o relatório, uma parcela dos 15% do PIB gastos com os benefícios “são pagos às famílias que não são pobres”.
De acordo com o relatório, no Brasil há distorções que favorecem os que têm renda mais alta e ao mesmo tempo ainda há uma concentração da pobreza entre crianças e jovens. O estudo detalha que a economia se recuperou a partir da aprovação de medidas de estímulo, assim como as taxas de juros mais baixas, e sugere a manutenção de ações para conter os subsídios ao crédito. A OCDE cita ainda a reforma trabalhista como um dos fatores que contribuiu para a recuperação da economia.
A taxa de desempregou caiu – ficando abaixo dos 13% – mas muito dessa recuperação ocorreu em postos informais, em vez de empregos com carteira assinada. No relatório, destacam-se a recuperação e a previsão de crescimento estimada para 2,8% em 2019. O estudo cita ainda a queda da inflação que facilitou as condições financeiras.
A menos de cinco meses das eleições, o estudo diz que há uma “incerteza” no cenário político. Mais uma vez, o documento reitera a necessidade de “continuação da agenda de reformas”, particularmente, da Previdência. O estudo recomenda ainda que as despesas fiscais e os subsídios de crédito para empresas do setor privado sejam revistos. No texto, é mencionado que esses instrumentos criaram um terreno “fértil para corrupção e retrocesso político” (ABr).