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Meirelles não descarta novas tributações para aumentar a arrecadação

em Manchete Principal
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Meirelles: “Não temos, no momento uma decisão, vai aumentar o imposto tal. O que estou dizendo é que existem alternativas”.

Meirelles: “Não temos, no momento uma decisão, vai aumentar o imposto tal. O que estou dizendo é que existem alternativas”.

Após teleconferência com representantes das principais agências de classificação de risco, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (21) que não conversou sobre rebaixamento ou elevação da nota do Brasil. “A movimentação de rating não foi discutida. Minha postura é de não influenciar o trabalho deles e nem ser influenciado por isso”, enfatizou em coletiva de imprensa.
As reuniões foram feitas por teleconferência com representantes das agências Moody’s, Fitch e Standard & Poor’s. Após o anúncio do adiamento da votação da reforma da Previdência, a agência de classificação de risco Moody’s soltou um alerta sobre o impacto da demora na votação na nota de crédito do país. Para tranquilizar as agências, Meirelles disse que apresentou a condição fiscal e lembrou que o Brasil ainda pode adotar medidas, tanto no curto quanto no médio e longo prazo, para equilibrar as contas.
“A questão fundamental é que existem medidas a serem tomadas. Existem medidas que estão sendo estudadas e que poderão ser tomadas, como neste ano, o contingenciamento”, disse o ministro.
Citou algumas possibilidades como contingenciamento do Orçamento em 2018, e novas tributações para aumentar a arrecadação. “Sempre se pode aumentar impostos de outra área”, diz e acrescenta: “Não temos, no momento uma decisão, vai aumentar o imposto tal. O que estou dizendo é que existem alternativas”, disse ao conceder entrevista na sede do PSD, ao qual é filiado.
A pasta aposta no adiamento do reajuste dos salários dos servidores públicos federais e na tributação de fundos exclusivos. Caso essas medidas, que terão que ser decididas ainda em 2017, não vigorem, o ministro diz que há alternativas. Meirelles também se mostrou otimista em relação ao crescimento do PIB, que deverá fechar o ano, segundo previsão do governo, em 1,1%, o que deverá ter impacto na arrecadação.
O ministro disse que justificou às agências o adiamento para fevereiro da reforma da Previdência com o argumento de que haverá mais tempo para a discussão e convencimento dos parlamentares (ABr).