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Maia sanciona lei que cria programa de financiamento para Santas Casas

em Manchete Principal
terça-feira, 05 de setembro de 2017
O presidente em exercício, Rodrigo Maia, apresenta documento de sanção da lei.

O presidente em exercício, Rodrigo Maia, apresenta documento de sanção da lei.

O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, sancionou ontem (5) o projeto que cria o Programa de Financiamento Específico para Santas Casas (Pró-Santas Casas) que atendem o SUS. O programa prevê duas linhas de crédito em bancos oficiais, totalizando R$ 10 bilhões, que serão liberados entre 2018 e 2022. Os recursos poderão ser usados na reestruturação patrimonial das instituições em crise ou no incremento do capital de giro. Serão liberados R$ 2 bilhões anuais consignados no Orçamento Geral da União. O programa terá duração de cinco anos, começando em 2018.
As instituições poderão tomar o crédito independentemente da existência de saldos devedores ou da situação de inadimplência em outras operações de crédito existentes. A condição para isso é que os recursos sejam usados integralmente para o pagamento de débitos em atraso. As instituições deverão também apresentar um plano de gestão para ser implantado em até dois anos.
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o programa de financiamento ajudará na recuperação das Santas Casas, que enfrentem dificuldades financeiras e são responsáveis por parcela importante dos atendimentos feitos pelo SUS no país. “Estamos ajudando as Santas Casas em dificuldades e as que quiserem podem ter, gratuitamente, consultoria para melhorar a gestão e não passar mais pelas dificuldades que estão passando”, disse Barros.
Dados do Ministério da Saúde mostram que as entidades beneficentes são responsáveis por cerca de 50% do total de atendimentos no SUS. Em 927 municípios brasileiros, a assistência hospitalar é prestada unicamente por uma instituição beneficente. Segundo o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Edson Rogatti, a linha de crédito dará fôlego às instituições. “Não é uma solução definitiva, mas uma alternativa viável para que o SUS continue atendendo a população” (ABr).