O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu ontem (5), durante evento no Rio, na sede da FGV, a necessidade de o governo focar na questão da estabilidade fiscal e da segurança jurídica como forma de obter um crescimento forte, rápido e duradouro já a partir do ano que vem. Somente com a estabilidade fiscal será possível levar o país de volta à rota de crescimento. Segundo ele, o governo da presidenta Dilma está focado na estabilidade fiscal como forma de trazer o Brasil de volta ao crescimento rápido e duradouro.
“A experiência do início do governo Lula demonstrou que, quando você acerta a parte fiscal, o crescimento vem bastante rápido. Amanhã (hoje [6]), temos a votação dos vetos. Cada veto mantido é um imposto a menos que temos de pagar e um passo à frente no crescimento”. Levy afirmou que, na discussão do Orçamento para 2016, é fundamental que se olhe para a questão fiscal pela lado das despesas, a de longo prazo em particular. Para o ministro, é preciso também dar todos os passos necessários para elaborar “um Orçamento que traga confiança e nos ponha em uma trajetória de crescimento já”.
Conforme Joaquim Levy, a CPMF, em apreciação no Congresso, “terá papel muito importante nesse equilíbrio fiscal, assim como teve na época do governo Fernando Henrique Cardoso, quando o presidente teve de trazer o Brasil de volta à rota do equilíbrio fiscal. Na época, ele contou com a CPMF”, destacou. A proposta do novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), de cobrança da CPMF no débito e no crédito, foi praticamente descartada por Levy. Segundo ele, o tributo tem de ser temporário e com data para terminar.
“A CPMF é [na forma] a que o governo mandou e é temporária. Ela tem de ser provisória e é para criar uma fonte para se chegar com segurança onde queremos. Essa segurança é a que leva a um país com mais investimentos, funcionando melhor e com melhor infraestrutura. E também com mais investidores, com melhoria dos marcos regulatórios, com leis de concessões que facilitem os investimento e que permitam que o Brasil cresça mais rápido e de maneira estruturada, tratando de temas [relacionados] às despesas obrigatórias”.
O ministro acrescentou que as soluções são do tipo um, dois três. “Acertamos o Orçamento, com a economia crescendo rápido, os juros caindo – porque haverá menos risco na economia – e tratando do médio prazo para evitar qualquer voo de galinha. O que queremos é um crescimento rápido, já e duradouro”, concluiu Joaquim Levy (ABr).
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