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Cepal: PIB do Brasil deve crescer 2% e impulsionar expansão da América Latina

em Manchete Principal
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
A avaliação da Cepal é que a economia brasileira está melhorando, depois da severa crise dos últimos dois anos.

A avaliação da Cepal é que a economia brasileira está melhorando, depois da severa crise dos últimos dois anos.

O Brasil deve crescer 2% em 2018 e vai ajudar a melhorar o PIB da América Latina, prevê a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em relatório de previsões para a região. Este ano, a economia brasileira deve avançar 0,9%, pondo fim aos dois anos de recessão que marcaram 2015 e 2016.
“O resultado regional em 2018 será explicado em parte pelo maior dinamismo que apresentará o crescimento econômico do Brasil”, destaca o relatório da Cepal, que prevê alta de 2,2% para o PIB da América Latina no ano que vem, acima do patamar de 1,3% previsto para 2017.
A avaliação da Cepal é que a economia brasileira está melhorando, depois da severa crise dos últimos dois anos, mas em 2017 os indicadores de demanda e produção “ainda não mostram um quadro de recuperação sustentável”. O consumo, ressalta o documento, foi beneficiado por medidas pontuais, como os saques das contas inativas do FGTS. No começo do ano, a visão da Cepal era de que o PIB brasileiro não fosse crescer mais de 0,4% em 2017.
Apesar do esforço do governo de Michel Temer para ajustar as contas públicas, a Cepal ressalta que o déficit público segue elevado e a dívida do governo mantém sua trajetória de crescimento. Dados divulgados ontem (28), pelo Banco Central mostram que a relação dívida bruta/PIB, um dos principais indicadores de solvência de um país, ficou em 74,4% em novembro ante 69,9% do final de 2016.
Além do Brasil, maior economia da região, outros países da América Latina devem ter PIB maior em 2018: o Chile deve avançar 2,8% ante 1,5% em 2017; a Colômbia deve ter expansão de 2,6% ante 1,8% e o Peru pode crescer 3,5% ante 2,5%. O Panamá é a economia da região que deve ter maior crescimento, de 5,5%, seguida da República Dominicana (5,1%) e Nicarágua (5,0%). Já a Venezuela deve encolher 5,5%, menos que os 9,5% de 2017 (AE).