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Bolsonaro: desvalorização da moeda se deve a fatores externos

em Manchete Principal
segunda-feira, 02 de dezembro de 2019

O presidente Jair Bolsonaro disse, ontem (2), não ver como retaliação ao Brasil a decisão do governo dos Estados Unidos de aumentar as tarifas para importação de aço e alumínio brasileiros.
Na sua avaliação, a correlação não procede porque a desvalorização das moedas locais são em consequência de fatores externos, alegou em entrevista à Rádio Itatiaia.

“O mundo está conectado. A própria briga comercial entre Estados Unidos e China influenciam o dólar, assim como coisas que acontecem no Chile, nas eleições na Argentina e no Uruguai. Tudo está conectado”, argumentou. “Se for o caso, vou ligar para o Trump. A economia deles é dezenas de vezes maior do que a nossa”, disse.

A retomada das tarifas foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA) em sua conta no Twitter. “Os países desvalorizam suas moedas. Isso torna muito difícil para nossos fabricantes e agricultores exportar seus produtos de maneira justa”, acrescentou o presidente norte-americano.

Bolsonaro reiterou que as reformas política e tributária terão seu formato final decidido no Congresso, e não pelo Executivo, acrescentando que “uma simplificação tributária é muito bem-vinda. Se os governos anteriores tivessem desburocratizado, desregulamentado e simplificado muita coisa, o Brasil estaria muito melhor do que está no momento”.

Bolsonaro comentou também da limitação que tem para cumprir sua promessa de campanha, de aumentar para R$ 5 mil a faixa de isenção para imposto de renda pessoa física. Segundo ele, esse é um exemplo das “diferenças entre o que queria fazer e o do que pode ser feito”. “Estamos trabalhando para, este ano, chegarmos a R$ 2 mil. Espero cumprir [a promessa de] R$ 5mil até o final do mandato”.