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BNDES será importante na ampliação das parcerias público-privadas

em Manchete Principal
terça-feira, 17 de maio de 2016

O presidente da República em exercício, Michel Temer, recebe Ilan Goldfajn, indicado para a presidência do Banco Central, e Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, no Palácio do Planalto, ontem (17).

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou ontem (17), que pretende fazer com que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja ainda mais importante no processo de concessões durante o governo do presidente em exercício Michel Temer. Jucá participou da abertura do XXVIII Fórum Nacional, evento promovido pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio.
“O BNDES tem sido um instrumento importante no processo de concessões. Queremos que seja ainda mais. Nós queremos ampliar as parcerias público-privadas, e tudo isso vai precisar não só do BNDES, mas também da ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores), que passou do Ministério da Fazenda para o Planejamento”, disse o ministro. Segundo Jucá, o governo vai trabalhar para deslanchar as concessões em infraestrutura o mais rápido possível, “dentro de um sistema de garantias que possa ter condições de atrair investidores”.
Jucá comentou também sobre a criação da secretaria executiva do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a ser comandada por Moreira Franco. De acordo com o ministro, a estrutura será enxuta e trabalhará em coordenação com o Ministério do Planejamento. “O ex-ministro Moreira Franco vai coordenar um grupo de trabalho que vai fazer a interface com diversas áreas de concessões e PPPs dos ministérios”, disse.
Questionado sobre novas privatizações, Jucá disse que os ativos do governo ainda entrarão em discussão por parte da equipe de Temer. “A ideia é que os ativos do governo federal possam ter efeito multiplicador na atividade econômica, possam alavancar investimentos, sem precisar efetivamente ser vendidos ou impactar o gasto primário”, declarou. Ele ainda elogiou a escolha da executiva Maria Silvia Bastos para substituir Luciano Coutinho na presidência do BNDES.
“O nome da Maria Silvia é um nome experiente, preparado, é uma técnica, profissional de alto nível. E eu espero uma integração com a nova proposta, que é de fazer um investimento maior no País, termos condições de financiar também médias e pequenas empresas. Ou seja, que o BNDES possa efetivamente permear um processo de crescimento mais igualitário”, contou.
Jucá negou que o governo de Michel Temer esteja discutindo qualquer mudança no comando da mineradora Vale, que tem entre seus acionistas o BNDES e o fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil (BB). “Não está se discutindo a Vale neste momento. A Vale é uma empresa importante no Brasil, mas não está se discutindo isso”, afirmou Jucá (AE).