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Barroso: quem ganhar terá que respeitar regras do jogo

em Manchete Principal
terça-feira, 23 de outubro de 2018
Barroso temproario

Barroso temproario

Ministro do STF, Luís Roberto Barroso.  Foto: Nelson Jr/SCO/STF

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse que quem vier a ganhar o segundo turno da eleição neste domingo (28), terá que respeitar as regras do jogo, uma vez que o país não vai aceitar um regime que não seja democrático. Em palestra durante o 4º Fórum de Saúde Suplementar, que tem como tema ‘O Momento Institucional Brasileiro’, no Centro de Convenções do Windsor Hotel, na Barra da Tijuca, Barroso lembrou que o país vive o momento de renovar os votos democráticos, e que “quem ganha tem o direito de governar, mas tem também o dever de respeitar as regras do jogo e os direitos de todos”.
A avaliação de Barroso é de que o país vive um momento em que existe espaço na democracia para todos os projetos, “sejam eles liberais, progressistas ou conservadores e que só não tem lugar para projetos desonestos e autoritários”. Para ele, esta é a única vigilância que o país tem de manter permanente: o respeito às regras do jogo, aos direitos de todos e a não aceitação de projetos que sejam autoritários.
“Todas as pessoas têm dentro de si o bem e o mal, isto é inerente à condição humana. E o processo civilizatório consiste em reprimir o mal e potencializar o bem”. A avaliação do ministro do STJ é de que o sistema político do Brasil, da forma como está, faz exatamente o contrário: reprime o bem e potencializa o mal. “O nosso sistema é caro demais, pouco representativo e essa é uma agenda inacabada no Brasil. Precisamos de uma reforma política capaz de baratear os custos das eleições no país, aumentar a representatividade dos parlamentares e facilitar a governabilidade”.
Barroso defendeu um projeto suprapartidário e patriótico em favor da educação básica, para ‘blindar a educação do varejo político’. “O Brasil teve, nos últimos quatro anos e meio, cinco ministros da Educação e não há política pública que possa resistir a essa fragmentação, a essa descontinuidade” (ABr).