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11 coisas que você precisa saber para escalar um negócio

em Manchete Principal
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Após muitos negócios terem sido afetados pela pandemia, crescer se tornou algo mais do que urgente. Segundo Marcel Gandra, sócio-diretor do Grupo Ultra, muita gente não sabe por onde começar. No entanto, existem algumas variáveis que devem ser levadas em conta quando um empresário decide apostar na escalabilidade de seu negócio. A primeira delas é entender o seu conceito.

“É a capacidade de um negócio crescer e atender a mais demandas internas e externas sem perder os elementos que agregam valor e sem elevar os custos na mesma proporção”, define Gandra. Ou seja, é preciso encontrar a fórmula para expandir em volume, faturamento, vendas, número de clientes, mas as despesas não podem seguir no mesmo compasso.

Para Marcel, muitos foram os aprendizados com a pandemia. “Aprendemos a ter mais austeridade, enxergar realmente quais são os custos necessários para conseguir escalar e sobre a combinação do mundo híbrido — virtual e presencial — e que temos a capacidade de acompanharmos a jornada do cliente nos dois universos”.

Outro ponto abordado é que a escalabilidade nem sempre é adequada para um negócio. É preciso entender a fundo a sua essência, funcionamento e estrutura, para checar se é viável expandi-lo, seja por um crescimento orgânico, por fusões ou aquisições, ou por franquias.

Por isso, Gandra traz alguns conselhos e elucidações importantes sobre a escalabilidade, adquiridos ao longo de algumas décadas de atuação no mercado. Confira alguns pontos importantes que podem ser adequados a qualquer ramo de atuação.

• Comece pequeno, pense grande e cresça rápido. Em primeiro lugar é preciso pensar quais são os recursos necessários para fazer o projeto nascer, mas sem exageros. Tenha austeridade nos custos.

Ao mesmo tempo, é preciso ter a visão de onde se pode chegar, estudando todas as oportunidades ainda não ocupadas nesse mercado. Por fim, para se ter escalabilidade é necessário crescer rápido. O mercado é muito dinâmico e a concorrência está ou brevemente estará presente em todos os lugares.

• Defina o diferencial do seu negócio. Ter um diferencial possibilita que o consumidor consiga perceber as suas qualidades, optar pelo seu serviço e permanecer por mais tempo. Muitas vezes saber claramente qual problema do consumidor se deseja resolver e fazê-lo com excelência já te coloca em posição de vantagem.

• Ofereça consistência e segurança ao seu público-alvo. Nada mais seguro que garantir ao seu cliente que encontre o mesmo serviço em qualquer loja/unidade da rede. Quando você consegue criar essa padronização, a chance de o cliente buscar o seu negócio é maior.

• Inovar é preciso. Não é porque o seu negócio atende bem o cliente e obtém bom faturamento que a inovação deve ser deixada de lado — ela faz parte do processo de escalabilidade. “A inovação tem que ser algo perseguido constantemente, pois o mercado e as necessidades dos consumidores mudam em uma velocidade muito rápida.

Tecnologia é fundamental. Seja na jornada do cliente, seja na gestão do negócio. Hoje existem sistemas com todas as soluções tecnológicas necessárias tanto para mapear a jornada do usuário, quanto para controlar um negócio. Desde a entrada dos clientes, características do consumo (produto mais consumido, tempo de permanência na loja, etc), receitas, despesas, entre outros.

Quando se utiliza a tecnologia a favor da experiência do usuário e da gestão, é possível permanecer na vanguarda e pronto para escalar.

• Simplicidade nos processos e clareza na comunicação. Com a chegada de novas unidades do negócio, todos os processos precisam estar bem definidos para que o foco seja replicar e atender cada vez melhor o consumidor. Além disso, com as regras claras para clientes e colaboradores não há atrito por divergência de interpretação.

Por fim, Gandra deixa três importantes reflexões sobre a possibilidade de escalar seu negócio:

  1. Pense com cuidado nas razões que levam à expansão da empresa. Sobreviver em um mercado competitivo? Aumentar a geração de lucro? Ampliar o market share? Alcançar maior valor de mercado? Ou tudo isso?

Crescer também faz parte do processo de sobrevivência de uma empresa no mercado. Em alguns casos, a empresa passa a ser uma companhia com bom valor somente quando escala.

  1. Elabore uma estratégia futura. Gandra aponta algumas perguntas que também devem ser feitas para guiar a construção desses passos, seguindo esta ordem de questionamentos: Onde queremos chegar? Quais caminhos devemos tomar? O que devemos atingir? O que temos que fazer?
  2. Escolha um caminho para escalar: crescimento orgânico, M&As (fusões e aquisições, na sigla em inglês) ou franquias. Algumas empresas crescem organicamente utilizando o seu resultado para reinvestir. Outras escolhem comprar empresas relativamente maduras, pois isso encurta o tempo para atingir a meta de quantidade de unidades.

Há ainda quem opte pelo sistema de franquias, pois na maioria dos casos já se tem um modelo testado, o que traz maior segurança para alguns perfis de investidores.

  1. Perguntas para serem feitas na hora de colocar a mão na massa. Seu modelo de negócio é facilmente replicável? É possível manter o seu diferencial sendo 10 vezes maior do que a empresa é hoje? O que é preciso mudar com o crescimento?
    Quais são os principais gargalos que podem ocorrer com o crescimento — capital, pessoas, fornecedores? Coloque no papel três ações para aumentar a escalabilidade do seu negócio e comece já! – Fonte e outras informações: (www.ultra.com.br).