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Varejo: inflação mostra necessidade de aproximação com indústria

em Mais
sexta-feira, 25 de março de 2022

O comércio varejista no Estado de São Paulo cresceu mais de 10% em 2021, segundo balanço da FecomercioSP. Só em janeiro, as vendas totais cresceram 5,7%, na comparação com o mesmo período no ano passado. O que motivou esse aumento foi a volta do consumo nas lojas físicas, mas, ainda assim, o varejo ainda sofre com as consequências da pandemia, que diminuiu em pelo menos 25% a frequência dos compradores nos comércios.

Além disso, a inflação também promete ameaçar o setor, com as projeções indicando que superará com força a meta oficial deste ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os dados mostram a importância da indústria e do varejo serem eficientes na exposição, no merchandising, na comunicação e nas execuções de maneira geral, para alavancar os resultados quando o consumidor for ao ponto de venda (PDV).

“Mais do que nunca, é hora da indústria se aliar com o varejo e juntos passarem a compartilhar informações, alinhar estratégias e unir forças. Seria bom se isso acontecesse também entre as próprias indústrias, com produtos que se complementam na vida do consumidor”, afirma André Romero, diretor da Allis Comunicação, especialista na construção da comunicação das marcas no varejo.

É no PDV que as novas oportunidades podem ser identificadas, gerando informações que podem mudar o posicionamento da marca de alguns produtos e reverter as dificuldades enfrentadas com a pandemia. Logo, em um cenário onde é comum ver a indústria lidando com o varejo como um cliente e não como um parceiro estratégico, é preciso ir além das relações comerciais.

A verdadeira chave para potencializar os negócios é utilizar de relações existentes, interdependentes e as informações já disponíveis, que possam contribuir para atingir bons resultados para ambos.

O bom relacionamento que se gera entre trade comercial e trade marketing dentro das próprias empresas faz com que as áreas passem a entender a importância uma da outra e perceber que a parceria e ajuda mútua trazem resultados melhores em momentos de crise e alta inflação, principalmente após um período pandêmico em que os setores enfrentaram um distanciamento ainda maior.

Outro ponto está na possibilidade da construção de uma lógica de compra que vá da casa do consumidor até a gôndola. Nos dias de hoje, o cliente tem contato prévio com o produto antes mesmo de ir ao varejo físico, tendo uma jornada de compra mais digital. Portanto, uma melhor comunicação entre as partes torna viável antecipar o contato, garantindo resultados melhores, mais vendas e relações comerciais mais vantajosas.

“Além disso, ao realizar um movimento em favor a essa tendência, que hoje se tornou obrigatória, a indústria fica à frente daquelas que não tiveram estratégias bem pensadas e precisarão iniciar uma verdadeira corrida atrás do tempo perdido”, finaliza Romero. Portanto, ao se garantir uma relação mais próxima com o varejo, se possibilita também a permanência no mercado e diminuição dos efeitos colaterais da crise que vêm crescendo nos últimos anos. – Fonte e outras informações: (https://allis.com.br/).