Uma pesquisa realizada com mais de 600 empresários do comércio e serviços, feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra que a maioria absoluta quer a reforma tributária com urgência. 92% dos entrevistados esperam o crescimento da economia após a reforma. O levantamento teve participação expressiva de pequenos e médios empresários.
Para o presidente do CNDL, José César da Costa, “se o Brasil quiser superar a crise econômica e voltar a crescer de forma condizente com o seu tamanho, terá que voltar os olhos para as dores das micro e pequenas empresas”. A Confederação, que representa empresas de todos os portes no comércio e serviços, defende uma simplificação abrangente de impostos sobre a base consumo, e apoia o movimento Destrava Brasil, ao lado de outras entidades empresariais.
“A reforma tributária com tecnologia para simplificar impostos e eliminar as obrigações burocráticas é a mãe de todas as reformas. Com ela, vamos oxigenar a economia, voltar a ter um crescimento no PIB e ter um varejo muito mais forte”, afirma o economista Luiz Carlos Hauly, do Destrava Brasil, que busca conscientizar o Legislativo e a sociedade sobre a importância de uma reforma profunda do sistema tributário para recuperar a economia e diminuir a desigualdade.
Ainda segundo a pesquisa da CNDL, 96% concordam que o valor dos impostos atuais deveria ser diminuído, com percentuais semelhantes para a redução da carga tributária dos remédios (97%) e dos alimentos que compõem a cesta básica (96%). Além disso, 95% acreditam que os impostos atuais deveriam ser simplificados em uma única taxa. A possibilidade de ter uma única legislação de impostos no lugar de múltiplas (92%), além de estimular os investimentos por parte das empresas (93%) e de estabelecer uma taxa única de imposto sobre os segmentos do comércio e dos serviços (89%).
Além disso, oito em cada dez apontam a diminuição do custo de produção nas empresas (81%), ao passo em que praticamente oito em cada dez concordam com a diminuição dos custos de tributos de produtos e serviços (77%) e a diminuição no custo de contratação da mão de obra (71%). Sete em cada dez entrevistados são contra a criação de uma contribuição sobre pagamentos e transações financeiras, nos moldes da antiga CPMF, para substituir a tributação sobre a folha de pagamentos (AI/CNDL).