Luan Gabellini (*)
A teoria é simples: uma empresa bem-sucedida é aquela que consegue ampliar as vendas para manter a operação do negócio e também para melhorar sua rentabilidade. Mas entre a vontade do empreendedor e o cumprimento desta meta há inúmeros fatores que determinam o sucesso, ou o fracasso, da organização. Para alcançar esse desempenho, o trabalho precisa ser contínuo, ou seja, a todo instante o gestor deve buscar formas e modelos inovadores para atrair e converter seus consumidores.
No comércio eletrônico uma opção surge como a mais eficiente para potencializar os resultados: as vendas recorrentes por meio de assinaturas de produtos e serviços. Inovar nos modelos de negócios é uma necessidade crescente entre as empresas, principalmente após a aceleração digital provocada pela pandemia. Levantamento da Markenz Consulting mostrou que quase metade das companhias analisadas (45%) quis ampliar ou desenvolver comércio eletrônico. Além disso, três em cada quatro (74%) buscaram ampliar a presença no mundo digital. Por fim, 71% buscam criar novos produtos ou serviços.
Em suma: os dados mostram que os empreendedores encontraram no ambiente digital um canal importante de vendas e, principalmente, estão buscando novas soluções para ampliarem seus resultados. É justamente neste ponto que a proposta de receita recorrente surge como tendência entre as lojas virtuais. A participação dos clubes de assinatura no comércio eletrônico nacional vive um boom desde o início da pandemia, em março de 2020.
Dois motivos estão por trás desse aumento e dessa consolidação do modelo de negócio entre as empresas. O primeiro deles, evidentemente, é a previsibilidade das receitas. Esse tipo de venda traz uma receita mensal contínua, uma vez que as assinaturas são feitas em um período de tempo. Isso traz maior facilidade na gestão e, consequentemente, possibilita melhores estratégias comerciais e de marketing para ampliar essa base.
O segundo tópico é a valorização da experiência do consumidor. Os clubes de assinatura são a síntese do que é considerado ideal no comércio eletrônico. A pessoa tem um processo de pagamento simples e seguro, recebe seus produtos rapidamente no conforto de sua casa (em alguns casos até no mesmo dia) e possui um relacionamento personalizado com a marca por meio de interações, feedbacks e promoções exclusivas.
Ou seja, tudo aquilo que o e-commerce pretende atingir em algum momento. Isso explica, por exemplo, a maior fidelização dos clientes, dispostos a pagar valores mensais para receber os produtos e o atendimento que desejam. Fidelização, evidentemente, leva a novas vendas. Evidentemente isso não acontece do dia para a noite. O negócio que busca incluir um clube de assinatura para potencializar seus resultados precisa estar preparado para os desafios e particularidades desse modelo. Isso implica investir nas melhores soluções de tecnologia. É preciso encontrar um sistema capaz de integrar as vendas recorrentes à própria gestão.
Assim, é possível otimizar o estoque, frete e a movimentação financeira sem trazer riscos para toda a operação. Felizmente, o avanço tecnológico faz com que os melhores fornecedores disponibilizem tudo isso em um único projeto, uma espécie de multiplataforma capaz de automatizar todos os processos. No competitivo ambiente do e-commerce, incrementar as vendas com novas opções é uma necessidade cada vez maior. A pandemia levou para o ambiente digital as empresas que ainda resistiam aos canais on-line. Assim, a concorrência está ainda mais elevada do que antes.
Para atrair a atenção dos consumidores e conseguir convertê-los em pedidos, é preciso oferecer aquilo que eles buscam e desejam. As assinaturas cumprem esse requisito por facilitar a aquisição dos produtos por um preço justo e no conforto do lar. Quem entender isso certamente dará um passo importante na mente – e no coração – das pessoas.
(*) – É sócio-diretor da Betalabs, empresa especializada em tecnologia para e-commerce e clubes de assinatura (www.betalabs.com.br).
