O sucesso de uma empresa ou instituição está diretamente ligado à forma pela qual seus colaboradores se relacionam uns com os outros. A obtenção de resultados positivos, a superação de metas e a criação de um ambiente criativo e eficiente estariam, dessa forma, relacionados ao tipo de dinâmica interpessoal que existe no interior das equipes de trabalho.
O alerta é da key note speaker e especialista em gestão de times Mary Barry, diretora da Summit Team Building, empresa canadense especializada em estimular o potencial de equipes de trabalho. Ela falou a convidados de câmaras de comércio da América Latina durante o workshop Talent Doesn´t Work Alone: ‘A workshop on developing high-performance teams one relationship at a time’, promovido pela University Canada West (UCW) em novembro.
Não há uma “maneira mágica” para se criar uma equipe eficaz. Mas, segundo Barry, a construção de relacionamentos no ambiente de trabalho é um aspecto que irá determinar não apenas sua capacidade de trabalho conjunto, mas também os resultados para a empresa ou instituição na qual os profissionais atuam. A constatação se baseia nos conceitos da Teoria da Consciência dos Relacionamentos, voltada aos fatores que motivam o comportamento.
Haveria três motivadores-chave em equipes de trabalho que são responsáveis pelos atos de seus integrantes: desempenho, pessoas e processos. Os profissionais com perfil voltado ao primeiro motivador (desempenho) dariam mais importância à obtenção de resultados; ao segundo (pessoas) seriam mais direcionados ao bem-estar dos demais integrantes da equipe; e ao último (processos) buscariam analisar cada situação minuciosamente.
Outro ponto levantado foi a diferença entre pontos de vista e conflitos dentro de uma equipe. Segundo Barry, as pessoas reagem de formas diferentes a estas situações – e seus motivadores podem mudar, à medida em que a situação evolui, podendo levar a uma situação de esclarecimento dos pontos de vista ou a uma divergência de ordem pessoal.
“Saber o que motiva suas equipes ou o que traz para fora o melhor de cada um, é um bom começo. Saber que há mudanças nesses motivadores em situações de conflito é crítico em termos de consciência de relacionamentos – afinal, nem todos reagem igual! Da mesma forma, entender como as divergências ocorrem e as características de quem está a seu redor evitará conflitos improdutivos e prejudiciais. Todos queremos um local de trabalho no qual os relacionamentos possam florescer, porque o talento não trabalha sozinho”, disse.
O workshop com Barry foi uma iniciativa da UCW voltada a fortalecer a ligação da universidade com as câmaras de comércio dos países da América Latina e, por meio delas, contribuir para as empresas que buscam ter equipes mais eficazes.
Ao apresentar o evento, a diretora regional da UCW para a América Latina e Caribe, Michelle Hicks, destacou que sua realização é uma das formas pelas quais a universidade, que está presente em diversos países por meio de uma rede de agências e recebe estudantes do mundo inteiro, pode oferecer conteúdo relevante de volta a essas regiões.
“O workshop ressalta a importância das soft skills no ambiente de trabalho – tanto para a formação da liderança quanto para a construção de relacionamentos que levam a resultados positivos”. Segundo o diretor regional sênior da instituição, Lawrence Ragos, a proposta é fortalecer o elo entre a UCW e as empresas, e em especial as câmaras de comércio de diversos países latino-americanos, a quem o evento foi destinado. – Fonte e outras informações: (https://www.ucanwest.ca/).
