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Como as PMEs podem sobreviver a período longo de alta dos juros

em Mais
segunda-feira, 01 de agosto de 2022

No fim de junho, o Banco Central sinalizou que a taxa de juros deve permanecer mais alta pelo segundo ano seguido. Neste contexto, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) ficam extremamente vulneráveis, afinal, os insumos, o aluguel e os empréstimos encarecem.

Pensando nisso, o administrador de empresas e CEO da Gyra+, fintech especializada em crédito para PMEs, Rodrigo Cabernite, apresenta algumas dicas para que os gestores possam enfrentar e se preparar para esse momento de freada da economia.

O aumento dos juros já era esperado, pois o Brasil tende a ter uma preocupação antecipada com a questão inflacionária. “Temos essa preocupação histórica com a inflação. Então sempre subimos os juros antes, o que no cenário atual é bom, porque enquanto todos os outros bancos centrais estão subindo os juros, nós já estamos quase no topo, já fizemos o dever de casa”.

Agora, a grande questão é o período prolongado de juros altos. Com a demora esperada para o reaquecimento da economia, as PMEs precisam tomar alguns cuidados. Os impactos nos pequenos e médios negócios já estão sendo notados.
Conforme a Febraban, a expectativa é que a projeção da carteira de crédito de 2022 fique em 10,4%.

Esse é o quarto aumento previsto somente neste ano e representa os esforços dos negócios para continuarem a girar durante o período de esfriamento da economia.
Para as PMEs, a principal preocupação é com a queda da margem de lucro até o prejuízo. Para se prevenir, temos três passos: análise, alongamento das dívidas e renegociação.

“Primeiro, é preciso que o gestor olhe para toda a atividade, para a estrutura de custo e para os passivos, para assim, saber onde cortar e economizar”, apontou o especialista. Depois, o segundo passo citado é para aqueles negócios que já realizaram o empréstimo: o alongamento das dívidas. Sempre que você tiver um empréstimo mais longo, você vai ter uma parcela menor e, consequentemente, ganha um pouco de fôlego nas contas mensais.

Por fim, para aquelas empresas que estão inadimplentes, a sugestão é uma só: a renegociação. Cabernite orienta que o devedor vá até o seu banco e renegocie a dívida. Peça um prazo mais longo, desconto nos juros e tente reduzir o valor da sua parcela. O que você não pode fazer é virar inadimplente e fingir que está tudo bem, porque você pode acabar matando seu negócio. – Fonte e outras informações: (www.gyramais.com.br).