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Aumentou a confiança nos pequenos negócios da indústria

em Mais
terça-feira, 17 de janeiro de 2023

A confiança dos donos de pequenos negócios do setor da indústria apresentou alta de 2,8 pontos em dezembro último, influenciada pela recuperação de parte das expectativas, em especial da produção. Os dados são do boletim mensal sobre a sondagem econômica do setor, que é calculado pelo Sebrae em parceria com a FGV).

Segundo o levantamento, dezembro registrou leve recuo (-0,5 ponto) no resultado geral do Índice de Confiança das micro e pequenas empresas (IC-MPE). Os pequenos negócios do Comércio e de Serviços apresentaram queda de 1,1 e 0,3 pontos, respectivamente, em contraposição ao índice da indústria que cresceu. Apesar da ligeira redução nas vendas em dezembro, na média gera, a expectativa é de melhora para os próximos meses, sobretudo nos Serviços e na Indústria.

No segmento Indústria, a aceleração foi impulsionada pelos alimentos, refino e produtos químicos, metalurgia e produtos de metal. Por outro lado, no Comércio, a queda da confiança foi observada tanto no quesito referente à situação atual dos negócios quanto às expectativas de negócios no curto prazo. Os dados negativos foram puxados pelos materiais de construção e bens de consumo.

Já em Serviços, a confiança praticamente se estabilizou devido aos sinais opostos dos indicadores de demanda atual (em queda) e de demanda futura – com expectativa de melhora nos negócios na demanda, no faturamento e no emprego do setor, para os próximos meses. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explica que os últimos meses de 2022 foram marcados por uma redução do índice de confiança para as empresas brasileiras de todos os portes, o que também aconteceu no caso dos pequenos negócios.

Segundo ele, em parte, pelas incertezas associadas ao período eleitoral. E, nesse momento, devido às incertezas naturais associadas ao início de um novo governo. No nível internacional, a desaceleração econômica ainda persistirá por um tempo, devido ao aumento esperado nas taxas de juros no exterior, o que torna o cenário desafiador.

“No campo da economia, o endividamento das famílias, a inflação e as altas taxas de juros contribuíram para uma maior cautela dos consumidores, que reduziram sua demanda por bens e serviços no 4º trimestre – aumentando os estoques nas empresas. Apesar das possíveis incertezas sobre a condução da política econômica, estamos otimistas quanto às sinalizações de fomento ao empreendedorismo e crédito para o segmento”, destaca Carlos Melles.

No que diz respeito ao grau de exigência para acesso ao crédito, os donos dos pequenos negócios do Comércio sinalizaram uma forte migração para a avaliação de normalidade, com aumento de 8,8 pontos percentuais. Das empresas que sinalizaram fácil acesso houve queda de 6,5 p.p em dezembro. A proporção de empresas de Serviços que consideram estar “fácil” obter crédito cedeu 1,2 pontos. Já na Indústria, a proporção de donos de MPE que percebe o grau de exigência como alto cedeu 1,6 p.p.

No Comércio, a parcela das empresas que projeta aumento das contratações entre os meses de janeiro a março deste ano avançou 2,1 pontos percentuais, enquanto aquelas que sinalizam que não, recuou 5,7. No mesmo período, a previsão de que o pessoal ocupado seria menor na Indústria caiu 7,7 p.p.. Movimento contrário se deu nos Serviços, em que a parcela das empresas apostando que número de pessoas empregadas aumentará recuou 1,2 pontos. – AI/Sebrae.